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Multa por fumar em SP chega a R$ 3.170 e fechamento do estabelecimento
e quem aplica essa multa é o mesmo que multa os buteco que enchem as calçadas de mesas? e nesse tipo de bizarrisse que dá tentar exportar leis de convívio social de países desenvolvidos
Governo proíbe refrigerantes e sucos artificiais na merenda escolar e lança a Plataforma Freire para diplomar professores
tá, também acho que não deve ter.. mas as escolas vão ficar sem suco? e substituir por suco de caju de garrafinha, revezando com o de maracujá estragado todo dia, pode?
eu - e todo mundo! - tomou daqueles sucos amarelos com gosto de qualquer coisa - é como mágica, vc imagina que está tomando de maracujá que está.. o outro de laranja e também está..
hj vi uma matéria interessante.. o cara argumentava, quando a educação aparece na mídia é pra falar da merenda escolar, do transporte escolar, da escola destruída, do comportamento dos alunos, do tráfico na escola, e nunca sobre o ensino, se as crianças estão aprendendo..muito menos sobre o fato de que, afinal, essa escola só serve pra guardar crianças.
e agora, as notícias são de curso a distância pra formar professor, porque médicos tem que frequentar a universidade pra atender pacientes, engenheiros para construírem prédios, mas professor pode fazer um cursinho apostilado online e ir pra escola tratar com crianças... mais um passo pra desvalorização do professor e da educação como um todo. e o pior é que se trata de uma ação governamental do ministério da educação. não faltasse mais nada, a piada é que nomearam a porcaria de plataforma freire, pra vergonha dos que conhecem o valor das idéias e práticas de Paulo Freire. mais uma do marketing petista, com seu ministro da educação Administrador Fernando Hadad. Por falar em marketing, a propaganda deste projeto é um atentado a educação, basta lembrar que termina com professores em coro respondendo o narrador: "entendido, professor!", quase como um "sim, senhor!" militar.
em Marx, nasce uma Psicologia dialética
n.o. 1
não parece trágico :|
acho que passei muito mais tempo da minha vida com professores do que com amigos
em algumas situações valeu a pena escutar coisas interessantes de pessoas inteligentes, ainda há uns com que valha dividir o tempo, ou melhor dizendo, multiplicar o tempo disponível
já a grande parte do período escolar só me fez pensar pra que tanto desperdício
melhor seria ir ao show de rock
que só passou a me preencher a mente por relações estabelecidas a partir da escola
tirei uma foto a algum tempo atrás
do muro da escola em que fiz o colegial, um muro imennnso
o muro
Reflexões sobre o valor do trabalho
sinti que não tava nada fácil tirar as minhas cutículas, as minhas mãos estavam detonadas... e era por isso mesmo que eu estava lá, se estivesse fácil, faria eu mesma. mas em certo momento comecei a achar que a manicure iria receber muito pouco pelo trabalho imenso que estava realizando.. uma fez as mãos, outra os pés. 7,50 pra cada uma... a dos pés foi mais rápída, deve ter gasto uns 30 minutos. a das mãos levou quase 1 hora. então pensei que se ela trabalhar com a agenda cheia o dia todo ela receberia uma média de 7,50 a hora.
ainda bem que me lembrei de um calculo que fiz recentemente, sobre quanto eu estava recebendo por hora de trabalho.. em torno de 10 reais.. com o aumento vai chegar a quase 14.
então avaliei e pensei que a manicure nao ganhava tão pouco assim... afinal quando eu trabalhava no telemarketing ganhava 2,50 a hora..
mas essas comparações só fazem sentido sob a atual lógica do trabalho, que permite que um grupo seleto de humanos tenha acesso a tudo de melhor que o mundo produza, e não garante o mínimo de condições de sobrevivência a maioria. que maioria é essa?!
Maritza Montero
apesar de não ter encontrado referencias escritas ainda, somente relatos orais, ela desenvolve um trabalho com crianças fantástico, desvelando idéias relacionadas a industria cultural, mídia, trabalho, política, consumo, preconceito e discriminação.. mas o interessante é como é feito: COM as crianças, iniciando o contato com aquelas idéias partindo do concreto, do contexto compartilhado por eles, e entre eles se contrói a compreenção do funcionamento humano, social, economica e culturalmente e a nossa inserção nesse sistema..
ler textos da Maritza contribuiu pra que eu não ababonasse o curso de psicologia, pois li no mesmo momento em que entrava em contado com a psicologia social latino-americana. outros autores também contribuiram, mas eles merecem o post deles. e no congresso foi muito legal.. um tanto de estudante bicho grilo, que nem eu naquele tempo, esperando a mulher... só tinha estudante porque no Brasil pra conhecê-la, só estudantes, é muito recente o contato das idéias dela aqui. data desse movimento de articulação da psicologia no continente. quando dizem que a figura chegou, eis que entra uma professora muito bem aliada, de taier... muito bem penteada, perfumada, maquiada.. e linda. mas o choque foi geral, sinal do nosso preconceito. nao grande o suficiente pra nos impedir de ouvi-la atentamente fazendo uma explanação em espanhol. e até de ousarmos a fazer comentários ou perguntas em portunhol ou em portugues mesmo, como no meu caso... e foi uma conversa muito legal, todos se encantaram e se envolveram! (eu entendo espanhol falado no mundo todo, só não compreendo os argentinos.)
e agora escrevendo este post fiz uma busca e encontrei um artigo dela que ainda não li.. "Todo Corre, Mucho Fluye, Algo Permanece Cambio y Estabilidad Social" e o editorial da mesma revista.
II Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão

fora isso, foi um puta congresso.. acho q as pessoas toparam fazer pq realmente estavam participando de um evento de super legal, com uma estrutura legal, com cultura, com temas relevantes, com nomes importante..
quero postar mas num dá
pq não sei onde guardei o cabo da camera.
tem uma nos bastidores das lojas renner... Dori também foi testemunha.
tem uma de rua sobre os instrumentos de trabalho dos varredores de goiania.
tem uma sobre o gancho quadrado gigante que dependuraram no prédio do Museu Antropológico/UFG.
de ter mais,... mas não lembro.
se alguem encontrar um cabo perdido, por favor avise-me.
Simpósio de Estudos e Pesquisas da Faculdade de Educação
a programação do XVIII Simpósio de Estudos e Pesquisas da Faculdade de Educação: Formação, Cultura e Subjetividade está muito interessante, com destaque para a mesa Saúde Mental e Trabalho, que terá a participação do prof. Wanderley Codo. pretendo participar deste evento inteiro, nos dias 19 a 22 de agosto.
golpe de Estado em Honduras
eu... sei não hein
show Mundo Livre S/A em Goiânia

um amigo de Uberlândia me chamou no messenger e disse que eles tocariam no Goma na sexta.. quase morri de inveja! depois acrescentou que viriam aqui antes. não fosse o seu aviso, corria o risco de perder o show de uma das bandas mais loucas do mundo!!! entrei na comunidade do Martim Cererê no orkut e nada... na comunidade dedicada a Mundo Livre estão mais detalhes: “Mundo Livre S/A faz show em Goiânia nesta quinta-feira, 02/07, no Centro Cultural Martim Carerê. A banda, que dividirá o palco com a Banda Black Rio é muito esperada pelo público goiano. Ingressos: R$20,00 antecipado / R$30,00 portaria.." o cara que postou diz que está vendendo, mas ainda não me respondeu.
Foi no blog rap original que encontrei essa imagem. reparem que está sem assinatura, afinal quem está produzindo esse evento? iniciativa louvável, sem dúvida.. mas apareçam, gente!!! divulgem-se!!! hoje de manhã nem o google sabia do show!
aproveitei também pra dar um toque no blog da banda quanto ao calor insuportável no martim cererê quando não ligam o sistema de ar - como ocorreu todas as vezes que estive lá!.. e isso não pode atrapalhar nosso show, num é verdade!!
vai ser muiiiito doido, como tudo que esses caras fazem! já estou no aquecimento!
ahh, na empolgação quase me esqueço: a Mundo Livre dividir palco com uma banda de responsa, Black Rio, muito doido tb!!! acho que o de goiania vai ser melhor que o de Uberlândia... afinal, aqui serão duas bandas.. lá apenas uma!
Canjica quase tradicional
Michael Jackson

ainda bem que a MTV, passou um documentário sobre ele hj a noite, do começo da década de 90, de uma éṕoca em que a mídia ainda respeitava o Michael. podiam repetir, muito bom! e no site da emissora tá só crescendo as colaborações sobre o Michael... http://mtv.uol.com.br/michaeljackson
vacina de gripe influenza aqui
pensei:" _Como assim?"
nenhum laborátorio do mundo conseguiu desenvolver uma vacina e os goianos já tão vendendo?!!! rsrsrsrs
sério!
e o pior é que devem vender muita vacina.
na falta da influenza, vai uma de gripe comum, hepatite, tetano, tá afim?
temporizador de buzina - novo ítem obrigatório para veículos motorizados
Existe algo mais irritante do que o som de uma buzina de carro disparada? Daqueles de quando a pessoa enterra a mão na infeliz?
Ou aquele vizinho que não tem dinheiro pra instalar um portão eletrônico nem disposição pra abrir o portão e prefere escravizar a esposa.. todo dia ele buzina BI BIIIII e ela corre pra empurrar o portão. E se a infeliz se atrasa, logo escuta-se BIIIIIIIIIIIIIII.
Tem os amigos (que amigos, heim?!) que ao invés de tocar a campainha quando chega na sua casa, prefere alertá-lo com a buzina do carro.. tem coisa mais grosseira?
Teeeem. O amigo poderia ter daquelas buzinas que emitem mugidos, relinchados, latidos, refrões de funks cariocas, como “só tem popozuda!”, e coisas afins.
Fazendo aula pra tirar carteira de motorista é que descobri: a buzina deveria ser usada somente um toque breve para advertir os demais quanto a algum risco de acidente. Então devíamos ouvir esse som irritante em situações raras, não a todo momento como ocorre. Como todas as outras regras do CTB, só existem nas cartilhas.
Já que as pessoas não são sensatas o suficiente pra usarem a buzina somente nos casos em que o código de transito prevê, acho que devíamos aumentar a lista de equipamentos obrigatórios nos veículos: as buzinas deviam vir com temporizador! Isso mesmo! Nem adiantaria enfiar a mão... ela só buzinaria o suficiente pra alertar alguém.. nada de apavorar as pessoas! Nem de demostrações de “a minha é mais alta que a sua”!
Poderia funcionar assim: o som de um toque na buzina duraria no máximo 0,5 segundo, mesmo que o condutor a pressionasse por tempo maior. Pra nos prevenirmos de tentativas de histeria, após 3 toques consecutivos no período de 5 segundos a buzina ficaria inativa, mudinha, por 20 segundos.
Não seria ótimo nos livrarmos destes sons indesejáveis?? acho que vou mandar essa sugestão pro conselho nacional de transito.
Salvador - o cara que escolheu o meu nome..

Tinha também outras peças que ou estavam por perto, ou na própria rede. Chumbadas, bóias de plástico coloridas, iscas artificiais, anzóis, varas de pesca, ferramentas, cordas... caixa de iscas cheias de minhocas preparadas com terra só na hora de sair pra pescaria. Eram muitas texturas, cores e formas nessa coleção de objetos, pra ele utilitários, pra mim recreativos. Com certeza ele é o responsável pelo meu apreço por quinquilharias em geral, pois além das de pesca, muitas outras categorias de objetos eram colecionadas – hábito pouco admirado pela minha avó!
E tinha o canivete de picar o fumo, uai, quase que me esqueço! E de descascar a laranja, e de.. enfim, de tudo, sabem como é, né.
Ah, o detalhe é o meio de transporte: bicicleta. Uma monark 10. Considerando que morávamos todos no bairro Santa Rosa em Uberlândia e que ele gostava de pescar no “rio das velhas”, ou seja, no rio Araguari, que fica entre Araguari e Uberlândia, podemos dizer que a pedalada era boa!
O interessante é que essas lembranças de vê-lo em baixo da mangueira fazendo ou consertando uma rede ou tarrafa foram reavivadas por um programa que acabei de assistir sobre o trabalho de Luiz Hermano no canal sesctv. Não é difícil imaginar por quê, pois são tantos objetos amarrados.. lindo, estou encantada. Se São Paulo estivesse um pouquinho mais perto.. iria ver seu trabalho de perto logo pela manhã.
É vô! Se a usina não tivesse inundado todo o nosso rio, talvez o senhor ainda pescasse mais, né! nem todo mundo tá preparado pra se adaptar eternamente a tudo quanto é imfortúnio do mundo globalizado - diz-se resiliência!
Ubuntu salvou meu pc do windows!

já fui convencida das vantagens em se usar softwares livres e há tempos quero migrar pro linux. argumentos não faltam. se livrar da pirataria, evitar vírus que são feitos para o windows, ter um sistema mais ágil, leve e simples.
não tem nada que me irrita mais no windows que as atualizações constantes.. todo dia tem algum erro pra corrigir, aí baixa atualizações que daqui uns dias vão gerar outros erros e pedir novas atualizações.. até que a pane não tem mais concerto! mês passado meu computador (com o windows xp) deu pau geral de novo! nem entrava mais! quem tem windows já se acostumou a administrar essas crises de tempos em tempos. claro, o sistema foi feito pra gerar problemas! só assim no ano seguinte poderão lançar uma nova versão e nos convencer a comprar. esse é o objetivo principal de um software pago, não é verdade, gerar necessidade para obter lucro.
Ninguém sai daqui vivo!
é piada, e de mal gosto!
É escândalo atrás de escândalo. Tenho a impressão de que faz anos que o congresso brasileiro só legisla a si mesmo, em resposta a algum escândalo. A mídia decide explorar determinado assunto e de repente percebe-se uma bola de neve de antiética, ilegalidade e falta de compromisso com a política. Parece que nenhum tema que afete a vida dos brasileiros é votado!
Um deputado esta semana declarou, defendendo o pagamento de passagens com o nosso dinheiro para a família dele, dizendo que esta também faz parte do seu mandado! Outros que tentam justificar o injustificável dizendo que sempre foi assim e por isso é natural. Ou que não há regras claras – mas não é o legislativo que cria as regras? Então ele também é responsável por negligenciar esse assunto.
A democracia representativa descobriu na prática sua inviabilidade. São os próprios deputados que constroem as regras do jogo, eles que decidem manter as próprias regalias e não punir os crimes dos colegas, então é um dilema sem fim. Além disso, órgãos que deviam fiscalizar o congresso como o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União não o fazem, permanecem mudos. E nós brasileiros com pouco interesse por política assistimos ao noticiário como se tudo fosse mais uma novela das oito!
Não é possível é justificar a existência desse congresso somente pela importância teórica desse instrumento democrático, que na prática não é espaço de defesa do que é público! Devíamos fechar o congresso nacional e começar tudo de novo!
Romantismo clichê e contradições pessoais
não me lembro se alguma vez fui pedida em namoro, talvez uma vez apenas, há alguns anos. em alguns namoros eu tomei essa iniciativa. aaai... esse nosso tempo.. em que "ficamos" e vamos vendo onde os relacionamentos chegam!... com dois pés atrás quanto a nos envolver por alguém. nesse jogo não podemos cobrar posição do outro quanto ao status do relacionamento, que em nossa fantasia pode se sentir pressionado e recuar. ou quando cobrados, sentimo-nos invadidos e indecisos.
não assumir compromissos dá a ilusória segurança de não dever ao outro, e a insegurança de não contar com o outro a não ser no presente, momento a momento, na intensidade em que conseguirmos nos entregar e que o outro ofertar, em meio a tantas incertezas.
pra completar a lista, nunca recebi flores, nunca usei aliança, ou recebi presentes que tenha marcado uma situação romântica. sem falar em presentes desastrosos, como o livro de auto-ajuda "amar pode dar certo"! (claro que o namoro não daria!)
poemas, recebi de pessoas especiais, vezes autorais, por e-mail e gostei muito. não em papel pois parece ultrapassado alguém dispor do seu tempo para, além de gastar palavras a outrem, ter que se preocupar com o papel, o envelope, a caligrafia, o selo, a postagem.
sempre fugi de clichês românticos como pra dizer ao outro "não preciso desses detalhes, que só gastam dinheiro, não faço questão, eu sou uma pessoa muito simples, que frescura é essa!" e com uma série de racionalizações e deboches para sustentar o argumento. por que será? será possível desconstruir esses símbolos que permeiam nossa forma de lidar com sentimentos amorosos ou nossa cultura nos molda ao ponto de não conseguirmos inovar muito quanto a formas de amar?
sou apaixonada, amo meu companheiro. na memória sua voz declarando seu amor por mim enquanto nos amamos dizendo coisas lindas, lindas, com a habilidade poética que possui. estas situações, talvez a mais romântico-eróticas que já vivi, me faz pensar sobre a minha forma de lidar com coisas que até hoje julguei como fúteis, mercadológicas, judaico-cristãs, convencionais.
até porque a comtradição me persegue! sempre me dediquei a criar presentes personalizados mirabolantes, caixas super preparadas, envelopes com variados formados, cartas beirando o ridículo... as tentativas de compor versos geravam dúvidas como "e agora? envio ou tá muito brega? envio! não envio!..." envio! claro, foram feitos pra isso e não pra entrarem pra literatura! ter vergonha de dizer o que sinto não posso. se a relação vale a pena, teremos sensibilidade para vivenciar o romantismo que quisermos.
ainda bem que a caminhada nos constrói, e não estaciono por muito tempo. assumir o compromisso de dividir a vida com alguém é uma troca que vale a pena, e descobri que viver só não é pra mim. gosto de estar apaixonada, de me sentir amada e de amar. gosto de mimar meu amado, de me declarar, de acariciá-lo, de presenteá-lo, de estar com ele simplesmente sentindo sua companhia. gosto de suas surpresas e de sua disposição em facilitar a minha vida com pequenos feitos do dia-a-dia. a presença do amor, da paixão e de semelhanças a compartilhar não abona responsabilidades, negociação, empatia, cuidado com outro e consigo próprio. continuo no exercício, vivenciar a felicidade.
Pelo veto ao projeto de cibercrimes - Em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet Brasileira

EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRA
Treinamento em Habilidades Sociais - aspectos teóricos e de avaliação IHS

Entende-se que a compreensão do processo de ensino-aprendizagem não pode prescindir de análises que considerem as características dos professores e dos alunos (inteligência, motivação, crenças, aspectos afetivos, rendimento acadêmico, formação profissional, habilidades sociais educativas, entre outros) e do contexto imediato em que se dá esse processo (condições econômicas e físicas da escola, estrutura e funcionamento, ambiente de sala de aula, relação pedagógica etc), nem do conjunto de condições mais amplas, como a filosofia da educação, a política educacional, a qualidade da formação de professores. A consideração simultânea desses conjuntos de relações na análise do processo de ensino-aprendizagem constitui a base de uma visão sistêmica sobre a educação e escola.
Aplicado à compreensão do comportamento, o modelo sistêmico contrapõe-se às explicações lineares baseadas exclusivamente em aspectos intrapsíquicos ou eventos imediatos, buscando abarcar a complexidade do contexto mais amplo no qual ele ocorre. Aí também estariam incluídas as variáveis internas do indivíduo, porém vistas como resultado de processos de interação com o ambiente.
Um sistema deve ser necessariamente entendido como um conjunto de componentes interdependentes que possuem uma dinâmica própria. Os sistemas funcionam de modo integrado, com os subsistemas influenciando-se reciprocamente, em movimentos que buscam manter o equilíbrio (homeostase) a cada desequilíbrio. A partir de intervenções específicas, em um dado subsistema, novas mudanças (desequilíbrios) podem ocorrer, permitindo que todo o sistema se reorganize e adquira um funcionamento qualitativamente mais avançado. As mudanças percebidas na totalidade ocorreriam porque os sistemas têm pontos críticos de ligação entre suas estruturas – os “pontos de alavancagem”, que ao serem mobilizados gerariam efeitos em outras ou em todo sistema. A abordagem sistêmica reconhece, portanto, a existência de níveis intermediários de análise e intervenção, valorizados por suas articulações com outros subsistemas componentes e com o sistema mais amplo.
Uma importante implicação da abordagem sistêmica do processo ensino-aprendizagem é a de questionar explicações parcializantes, que se restringem a um determinado subsistema (por exemplo, o professor ou o aluno) podem produzir estigmatização de alunos e professores, bem como a patologização das dificuldades de aprendizagem e do insucesso acadêmico. As explicações genéricas, que atribuem o problema ao sistema mais amplo, podem gerar uma atitude paralisante, que desvaloriza quaisquer tentativas de intervenção local, independente de suas repercussões potenciais, esperando ad infinitum que mudanças estruturais mais amplas ocorram.
Um ponto de alavancagem importante na análise e intervenção sobre sistemas educacionais pode ser situado nas relações interpessoais no processo ensino-aprendizagem, e pode-se definir como nuclear e básica a relação professor-aluno, podendo-se considerá-la como um possível ponto de alavancagem para outras mudanças.
As atuais concepções acerca do significado da ação de ensinar vêm superando a noção de transmissão de conhecimentos que supunha um aluno passivo, redefinindo-se como uma tarefa complexa que envolve orientar, promover e mediar o desenvolvimento de novas capacidades intelectuais e sócio-emocionais, necessárias à aprendizagem dos diferentes conteúdos curriculares e ao desenvolvimento mais geral desse aluno. Essa tarefa amplia a antiga ênfase no conteúdo a ser ensinado, para incluir novos objetivos e resultados que dependem, em última instância, das características e da qualidade das relações professor-aluno. O subsistema composto pelas relações professor-aluno pode ainda ser subdividido em pelo menos três outros: o professor, o aluno e a relação propriamente dita entre eles, entendendo-se essa relação como um processo que envolve dependência e interdependência de comportamentos, que ao longo do tempo afetam e são afetadas pelas variáveis cognitivas e afetivas de cada um dos integrantes da relação e pelas variáveis do contexto em que vivem.
As variáveis cognitivas e afetivas do professor e do aluno afetam, portanto, essa relação e incluem crenças, motivações, sentimentos e habilidades.
Efetivamente, pesquisas têm mostrado que as crenças, sentimentos, motivações e habilidades influenciam e são influenciadas por suas ações e interações educativas junto aos alunos, bem como pelos resultados em termos de rendimento acadêmico e desenvolvimento cognitivo e emocional desses alunos. No outro pólo, o aluno é também um complexo de sentimentos, motivações e crenças que afetam seu próprio rendimento escolar e podem estar associados de diferentes maneiras, às ações do professor.
Existem diversos modelos teóricos que buscam compreender as relações interpessoais e um deles é o campo teórico-prático do Treinamento de Habilidades Sociais.
O termo habilidades sociais é entendido como o conjunto dos desempenhos disponíveis no repertório do indivíduo, enquanto que o de competência social refere-se à capacidade do indivíduo apresentar desempenhos, que articulando pensamento, sentimento e ação, garantem a realização dos objetivos de uma situação interpessoal, a manutenção e a melhora da auto-estima e da relação com o interlocutor, o exercício e a defesa dos direitos humanos socialmente estabelecidos e o equilíbrio nas relações de poder.
A análise das habilidades sociais e da competência social nos desempenhos interpessoais deve necessariamente levar em consideração três importantes dimensões: a pessoal, a situacional e a cultural. A dimensão pessoal refere-se aos componentes comportamentais (fazer/responder perguntas, pedir/dar feedback, fazer pedidos, elogiar, recusar etc), cognitivo-afetivos (conhecimentos prévios, autoconceito, objetivos e valores pessoais, empatia, resolução de problemas, auto-instrução, auto-observação etc) e fisiológicos (taxa cardíaca, respiração) do desempenho social. As características dos interlocutores e das demandas do contexto onde ocorre o desempenho interpessoal (com o reconhecimento de que diferentes situações criam demandas sociais diferenciadas) compõem a dimensão situacional das habilidades sociais. A dimensão cultural destaca o papel fundamental que as normas, valores e regras das diferentes culturas exercem sobre o desempenho social.
IHS - DES PRETTE: Inventário de Habilidades Sociais
Habilidades Sociais como Objeto de Avaliação
A importância de avaliar o repertório de habilidades sociais se justifica amplamente dada sua relação com a saúde, a satisfação pessoal, a realização profissional e a qualidade de vida. Por isso mesmo, pode constituir um dos focos de uma intervenção educativa ou terapêutica, cuja eficiência e eficácia devem ser aferidas por instrumentos construídos a partir de pesquisas de validação. Com essa preocupação o Inventário de Habilidades Sociais, elaborado por Zilda A. P Del Prette e Almir Del Prette, foi objeto de vários estudos que permitem, hoje, tomá-lo como um instrumento válido, fidedigno e confiável. Esses estudos situam-se no campo teórico-prático do Treinamento de Habilidades Sociais.
Habilidades sociais: saúde, qualidade de vida e realização profissional
A avaliação das habilidades sociais vem, nos últimos anos, representando objeto de interesse crescente entre terapeutas, educadores, executivos, empresários e público em geral. As pesquisas no campo do THS têm mostrado que as pessoas socialmente competentes tendem a apresentar relações pessoais e profissionais mais produtivas, satisfatórias e duradouras, além de melhor saúde física e mental e bom funcionamento psicológico. Por outro lado, os déficits em habilidades sociais estão geralmente associados a dificuldades e conflitos na relação com outras pessoas, à pior qualidade de vida e a diversos tipos de transtornos psicológicos.
Os novos paradigmas organizacionais têm priorizado processos de trabalho que remetem diretamente à natureza e qualidade das relações interpessoais, a valorização do trabalho em equipe, a intuição, a criatividade e a autonomia na tomada de decisões, o estabelecimento de canais não formais de comunicação como complemento aos formais, o reconhecimento da importância da qualidade de vida e a preocupação com a auto-estima e com o ambiente e cultura organizacionais.
Esse panorama vem exigindo mais e mais a competência social na medida em que imprime novas demandas interpessoais no contexto de trabalho para as habilidades como as de coordenação de grupos, liderança de equipe, manejo de estresse e de conflitos interpessoais e intergrupais, organização de tarefas, resolução de problemas e tomada de decisões, promoção da criatividade do grupo, etc.
Conceitos básicos na avaliação das habilidades sociais
O domínio de alguns conceitos básicos do campo do THS é importante na compreensão dos significados e implicações da avaliação das habilidades sociais.
Qualquer comportamento ou seqüência de comportamentos que ocorre em uma situação social é considerado um desempenho social. Este pode ser caracterizado como socialmente competente ou não. A competência social é um atributo avaliativo desse desempenho, que depende de sua funcionalidade e da coerência com os pensamentos e sentimentos do indivíduo. As habilidades sociais são aquelas classes de comportamentos existentes no repertório do indivíduo que compõem um desempenho socialmente competente.
Muitas vezes, uma pessoa possui as habilidades em seu repertório, mas não as utiliza em várias situações por diversas razoes, entre as quais a ansiedade, as crenças errôneas e a dificuldade de leitura dos sinais do ambiente. Na dinâmica das interações, as habilidades sociais fazem parte dos componentes de um desempenho social competente. A competência social qualifica, portanto, a proficiência de um desempenho e se refere à capacidade do indivíduo de organizar pensamentos, sentimentos e ações em função de seus objetivos e valores articulando-os às demandas imediatas e mediatas do ambiente.
A assertividade é uma das principais subclasses de desempenho socialmente competente e pode ser definida como o exercício dos próprios direitos e a expressão de qualquer sentimento, com controle da ansiedade e sem ferir os direitos do outro. Essa classe de habilidades se refere àqueles desempenhos em situações que envolvem risco de conseqüências aversivas e costumam eliciar alta ansiedade, podendo portanto, ser caracterizadas como reações de enfrentamento.
O desempenho socialmente competente é aquele que expressa uma leitura adequada do ambiente social, ou seja, decodifica corretamente os desempenhos esperados, valorizados e efetivos para o indivíduo em sua relação com os demais. É possível atribuir competência social aos desempenhos interpessoais que atendam aos seguintes critérios de:
a) consecução dos objetivos da interação;
b) manutenção ou melhora da auto-estima;
c) manutenção e/ou melhora da qualidade da relação;
d) maior equilíbrio de ganhos e perdas entre os parceiros da interação;
e) respeito e ampliação dos direitos humanos básicos.
Embora todos esses critérios não sejam usualmente atendidos em uma mesma situação, pode-se afirmar que quanto mais deles são atendidos simultaneamente, maior competência social pode ser atribuída ao indivíduo.
Alem das reações assertivas de enfrentamento, um repertório altamente elaborado de habilidades sociais precisa incluir um conjunto de outras classes de comportamentos que vêm sendo referidas na literatura e abordadas em programas de treinamento nessa área. Uma proposta de organização das principais classes e subclasses de habilidades sociais, que pode orientar a avaliação e a promoção da competência social, foi recentemente apresentada (Del Prette & Del Prette, 2001):
HS de comunicação: fazer e responder perguntas, pedir feedback, gratificar/elogiar, dar feedback, iniciar, manter e encerrar conversação;
HS de civilidade: dizer por favor, agradecer, apresentar-se, cumprimentar, despedir-se;
HS assertivas, direito e cidadania: manifestar opinião, concordar, discordar, fazer, aceitar e recusar pedidos, desculpar-se, admitir falhas, interagir com autoridade, estabelecer relacionamento afetivo e/ou sexual, encerrar relacionamento, expressar raiva/desagrado, pedir mudança de comportamento e lidar com críticas;
HS empáticas: parafrasear, refletir sentimentos, expressar apoio;
HS de trabalho: coordenar grupos, falar em público, resolver problemas, tomar decisões e mediar conflitos, habilidades sociais educativas;
HS de expressão de sentimento positivo: fazer amizade, expressas a solidariedade, cultivar o amor.
Alguns aspectos importantes a serem considerados na análise das habilidades sociais e da competência social:
A competência social é situacional, ou seja, uma pessoa pode ser altamente competente em uma situação, porém não em outra. Um escore de habilidades sociais refere-se a um conjunto de desempenhos que ocorre em diferentes situações, sendo importante, portanto, examinar os tipos de situações em que a pessoa apresenta maior ou menor dificuldade. Os fatores identificados no IHS foram definidos situacionalmente com subgrupos de habilidades sociais. Portanto, um escore de habilidades sociais não pode ser tomado como “traço de personalidade”, mas como indicador do repertório do indivíduo em uma amostra de situações.
A competência social, como constructo avaliativo, está sujeita aos valores e normas da cultura. Por isso, diz-se que as habilidades sociais são culturalmente determinadas, embora se possa (e se deva) lembrar que alguns valores e direitos (à vida, à dignidade e à igualdade entre os seres humanos) a elas associados são transculturais. Quando uma cultura ou um subgrupo nega ou infringe esses direitos, o exercício da assertividade pode até ser avaliado negativamente, porém, esse exercício é importante também para estabelecer novos parâmetros culturais de avaliação.
As habilidades sociais são aprendidas, de forma não sistemática (mais comumente) e sistemática, nas relações interpessoais com as outras pessoas. No primeiro caso, os pais, o círculo de amigos, o cônjuge, os colegas de trabalho e a mídia em geral são importantes agentes de promoção (ou de restrição) do repertório de habilidades sociais. No segundo caso, elas podem ser aprendidas por meio de Programas de Treinamento de Habilidades Sociais, tanto terapêuticos como preventivos.
Conforme a própria definição, a existência de um repertório elaborado de habilidades sociais é condição necessária, mas não suficiente, para um desempenho socialmente competente. Além da experiência da aprendizagem, há ainda um conjunto de fatores pessoais (pensamentos, sentimentos, valores pessoais, atribuições, crenças, planos e metas) que podem facilitar ou dificultar o exercício desse repertório em uma situação social dada. Tanto as falhas de aprendizagem como os fatores pessoais podem requerer atendimento especializado para reconstituição da competência social.
Um desempenho social pode ser analisado como seqüência de comportamentos de um indivíduo em relação a outro (s) indivíduo (s) ou pode também ser decomposto em unidades de comportamento. Cada unidade pode ser chamada de componente molecular e a seqüência de morar. Teoricamente, qualquer desempenho pode ser decomposto em unidades menores. Por exemplo, a habilidade de “lidar com críticas” pode ser compreendida como um desempenho molar que se compõe de unidades moleculares, tais como: prestar atenção, concordar ou discordar, esclarecer, pedir ou dar feedback, entre outras. Cada uma dessas unidades (moléculas) pode, igualmente, ser analisada em seus componentes. Por exemplo, “ouvir com atenção” inclui como componentes uma determinada postura, contato visual e expressão facial, que passa a ser moleculares quando se examina esse desempenho.
A avaliação das habilidades sociais: instrumento e procedimentos
Um desempenho social pode ser considerado como uma seqüência e sobreposição de componentes comportamentais, cognitivo-afetivos e fisiológicos com que reagimos diante de uma demanda social. Os critérios de funcionalidade estão associados a inúmeras características pessoais (idade, sexo, escolaridade, condição de saúde, papel social, entre outros), situacionais (principalmente local e interlocutores) e culturais (normas, valores e regras) que determinam padrões para as reações consideradas socialmente competentes. Competência social e habilidades sociais são, portanto, conceitos multidimensionais e sua avaliação deve considerar essas diferentes dimensões.
Em geral, os procedimentos de avaliação de habilidades sociais incluem a aplicação de auto-relato, a condução de entrevistas, a observação em situações naturais ou estruturadas e outros instrumentos e procedimentos de coleta de dados. Dada a multidimensionalidade do conceito de habilidades sociais e dos critérios de competência social, muitos autores têm considerado esses procedimentos complementares em uma avaliação mais refinada.
Os inventários de auto-relato têm sido amplamente utilizados por sua simplicidade e facilidade, permitindo um bom conhecimento do repertório de habilidades sociais das pessoas. Além de fornecer indicadores sobre o próprio repertório de habilidades sociais, os inventários de auto-relato podem revelar aspectos da autopercepção e da auto-estima do indivíduo no campo das relações sociais.
A maioria dos inventários de auto-relato de habilidades sociais, atualmente disponíveis, foram elaborados em contextos norte-americanos e europeus e, em geral, apresentam escassas informações sobre suas propriedades psicométricas. Considerando esses aspectos e também a dimensão cultural das habilidades sociais, a aplicabilidade desses instrumentos em nosso meio fica bastante comprometida.
O IHS foi elaborado, testado e validado por um grupo de pesquisadores em vários estudos e aplicações nos últimos anos (Del Prette, Del Prette & Barreto, 1998; 1999; Bandeira, Costa, Del Prette, Del Prette & Gerk-Carneiro, 2000).
O IHS é um instrumento de auto-relato para aferir o repertório de habilidades sociais usualmente requerido em uma amostra de situações interpessoais cotidianas. É de fácil aplicação e tabulação, permitindo uma identificação inicial das classes e subclasses de habilidades sociais que se caracterizam como deficitárias ou como recursos disponíveis no repertório do respondente.
Suas características principais são: a) diversidade de situações apresentadas nos itens coerentemente com o conceito de habilidades sociais, que se agrupam em classes gerais de desempenho indispensáveis para relações satisfatórias bem sucedidas; b) características psicométricas bastante favoráveis; c) facilidade de uso, com apenas 38 itens e aplicação prevista para no máximo 30 minutos.
Quanto aos dados psicométricos foram efetuados estudos de análise de itens (correlação item total e índices de discriminação), consistência interna (Alfa de Cronbach = 0.75), teste-reteste com o Inventário de Rathus (r=0.71, p=0.01) e outros estudos indicando validade e confiabilidade da escala. A análise fatorial revelou uma estrutura de cinco fatores que reunem habilidades sociais de: 1) enfrentamento/auto-afirmação com risco; 2) auto- afirmação de afeto positivo; 3) conversação e desenvoltura social; 4) auto- exposição a desconhecidos; 5) situações novas, autocontrole da agressividade.
O escore total e os escores de cada fator, obtidos no grupo amostral, foram convertidos em percentis para o sexo masculino e feminino. Com essa informação é possível comparar o resultado de qualquer indivíduo com os escores do grupo de referência deste estudo.
O material consiste de: Manual com introdução teórica na área e instruções para aplicação, avaliação e apuração do IHS-Del-Prette, Caderno de aplicação com itens e Folha de Resposta, Crivos e Tabelas de Apuração e Interpretação. A aplicação pode ser Individual e/ou coletiva. Não há limite determinado de tempo. Estima-se em 30 minutos.
Fator 1: enfrentamento/auto-afirmação com risco
Indica o repertório do respondente em habilidades de enfrentamento com risco, ou seja, a capacidade de lidar com situações interpessoais que demandam a afirmação e defesa de direitos e auto-estima, com risco potencial de reação indesejável por parte do interlocutor (possibilidade de rejeição, de réplica ou de oposição). Em outras palavras, é um indicador de assertividade e controle da ansiedade em situações como: devolver mercadoria defeituosa, discordar do grupo, lidar com críticas injustas, fazer pergunta a conhecidos, declarar sentimento amoroso, discordar de autoridade, falar a público conhecido, cobrar dívida de amigo, manter conversa com desconhecidos, abordar para relação sexual, apresentar-se a outra pessoa.
Fator 2: auto-afirmação de afeto positivo
Indica o repertório do respondente em habilidades de auto-afirmação na expressão de afeto positivo, ou seja, suas habilidades para lidar com demandas de expressão de afeto positivo e de afirmação da auto-estima, que não envolve risco interpessoal ou apenas um risco mínimo de reação indesejável. Como: agradecer elogios, elogiar familiares, participar de conversação, expressar sentimento positivo, defender outrem em grupos, elogiar outrem.
Fator 3: conversação e desenvoltura social
Reúne habilidades de conversação e desenvoltura social, retratando a capacidade de lidar com situações sociais neutras de aproximação (em termos de afeto positivo ou negativo), com risco mínimo de reação indesejável, demandando principalmente “traquejo social” na conversação. Um alto escore nesse fator supõe bom conhecimento das normas de relacionamento cotidiano para o desempenho de habilidades, tais como: encerrar conversação, pedir favores a colegas, manter conversação, reagir a elogios, recusar pedidos abusivos, encerrar conversa ao telefone, abordar autoridade.
Fator 4: auto- exposição a desconhecidos
É um indicador de habilidades sociais de auto-exposição a desconhecidos ou situações. É semelhante ao fator 3, porém com maior risco de reação indesejável do outro. Como: fazer pergunta a desconhecido, pedir favores a desconhecido, falar a público desconhecido, falar a público conhecido.
Fator 5: Autocontrole da agressividade
Avalia as habilidades de autocontrole da agressividade em situações aversivas, ou seja, a capacidade de reagir a estimulações aversivas do interlocutor (agressão, descontrole) com razoável controle da raiva e da agressividade. Não significa deixar de expressar desagrado ou raiva, mas fazê-lo de forma socialmente competente, pelo menos em termos de controle sobre os próprios sentimentos negativos. Como em situações de: lidar com crítica dos pais, ou lidar com chacotas. Nesse fator foi identificado um item negativamente correlacionado com os outros dois: cumprimentar desconhecidos. Essa habilidade expressa uma característica interpessoal importante para muitas demandas interpessoais, a extroversão, mas também poderia refletir a impulsividade incompatível com a calma e o autocontrole avaliados nesse fator.
Referencias bibliográficas:
DEL PRETTE, A; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das relações interpessoais: vivências para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes, 2001.
DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette): Manual de aplicação, apuração e interpretação. 2a.. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. v. 1. 70 p. Aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia no Edital no. 1 de 17/07/2003.
Del Prette, Z. A. P. ; MARTINI, Mirella Lopez ; DEL PRETTE, Almir. Contribuições do referencial das habilidades sociais para uma abordagem sistêmica na compreensão do processo de ensino-aprendizagem. Interações (Universidade São Marcos), São Paulo, v. X, n. 20, p. 57-72, 2006.
Vela - Madame Saatan
Identidade própria, o Madame Saatan tem. um som super pesado, um vocal muito gostoso de ouvir..
o clipe de Vela foi gravado no Círio de Nazaré, a maior manifestação católica do mundo que reúne mais de 2 milhões de pessoas nas ruas de Belém do Pará.
Los Porongas

Fome de tudo - Nação Zumbi

terapia da internet para o tratamento do isolamento social
esse título (não) é uma piada! mas, a vida é uma piada mesmo.
as pessoas adoecem por ficarem isoladas, sem conversar com outras pessoas. quanto mais isoladas ficam, mais doentes, mental e fisicamente, se tornam.
estou usando a terapia da internet com a minha mãe. uma pessoa super inteligente, bonita, jovem, solteira, com filhos crescidos o bastante pra cuidarem de si, mas que tem todos as doenças possíveis associadas a pouca qualidade dos relacionamentos íntimos e isolamento social.
eu estou morando em goiânia e ela em uberlândia, minha cidade natal. então a 'metodologia' é via messenger, claro. ela não tem o hábito de usar a internet, a não ser pra coisas muito simples, pra conferir coisas que viu na televisão; ou seja, nao usa a internet pra expandir as fronteiras de sua identidade, mas somente pra mantê-la como está.
pausa pra explicar por que a internet: sem exagero, todas as coisas do mundo estão na internet. e se você encontrar alguma coisa no mundo que não está documentado na rede ainda, tem a responsabilidade de compartilhá-la. internet hoje é um imenso banco de conhecimento humano, sobre todos os assuntos inimagináveis!
tem aqueles que ainda culpam a internet pelo isolamento e afastamento físico das pessoas. eu acho um equívoco esse raciocínio, além de atrazado, visto que essa preocupação é dos anos 90 e já foi respondida pela realidade. o nosso momento histórico-social promove o isolamento das pessoas, o esvaziamento das identidades. com muita freqëncia as pessoas simplesmente não sabem quem são!
a internet é uma das formas que as pessoas encontraram pra se manterem ligadas a humanidade no plano das idéias, das emoções e da comunicação, exercitanto potenciais humanos de uma outra forma, o que não substitui o contato presencial com as pessoas mas o complementa. hoje, quem não passou pela inclusão digital, sofre de uma espécie de "analfabetismo" porque não domina os meios do seu tempo pra acessar o conhecimento disponível.
há alguns anos, quando ainda era estudante, vi em um congresso de psicologia alguns terapeutas que estão se aventurando pelo atendimento clínico on-line. muitos psicólogos torceram o nariz e protestaram. outros, como eu, escutaram e puseram em suspenso, pra ter tempo de refletir sobre a proposta. estou cada vez mais convencida de que a interação on-line pode ser terapêutica e/ou educativa. mas a proposta que escutei era transferir o atendimento clínico pro meio digital, ou seja, muda-se o formato da comunicação.
o que estou fazendo é uma terapia da internet partidindo de questões como: as situações de auto-exposições on-line podem contribuir na elaboração da identidade? o contato com pessoas em ambientes virtuais, com informações, e com toda diversidade do humano presente na internet pode contribuir pra pessoas que levam uma vida isolada, limitada a poucos contatos sociais? a aposta é de que sim, e de que o processo possa ser transfirido pra situações da vida não-virtual. por questões éticas e óbvias vejo como um processo educativo, com consequências terapêuticas. é como um filho ensinar sua mãe a ler.
voltando a terapia da internet: o primeio exercício foi hoje! terminei e corri pro blog pra documentar!! há muito tempo, quando tive essa idéia, criamos um messenger e um orkut que ficaram abadonados. estavam totalmente vazios, com algumas fotos que eu adicionei quando criamos.
hoje ela reativou a conta do orkut e a tarefa era preencher o perfil. simples? de jeito nenhum. falar sobre si mesmo requer saber quem você é e ainda ponderar com a imagem que você quer passar aos outros.
fui dando a orientação técnica de como entrar na conta, como usar o orkut, e preencher o perfil, mas o conteúdo ela deveria pensar. dei algumas dicas, como: não mentir, omitir coisas negativas, e partir do pressuposto de que ela é uma mulher linda, interessante e que não tem vergonha de ser quem é! bem, ela aceitou e foi preenchendo..
e resistindo.. quase desistiu uma vez, momento em que tive que intervir para motivá-la e mostrar que realmente é difícil mudar, só lutando contra si mesmo, o tempo todo.
no ítem "interessado(a) em:" com as opções "amigos, companheiros para atividades, contados profissionais e namoro" ela disse que não estava interessada em nada! "- não, espere aí: pelo menos amigos, não?!" - intervi. e ela concordou.
bem, ainda faltam algumas coisas pra acabar esse primeiro exercício, mas valeu de início. combinamos de continuar; muitas outras idéias foram surgindo: acrescentar fotos, fazer busca de temas de seu interesse, fazer busca de vídeos, econtrar pessoas conhecidas, encontrar comunidades de seu interesse, comentar os tópicos da comunidade, conversar em salas de bate-papo com desconhecidos, enfim, muitas coisas pra aprender, muita potência transformadora.
somente o que definirá que essas coisas acontecerão ou não será a escolha pessoal. somos sujeitos e responsáveis por nossas escolhas e elas definem passo a passo a nossa identidade. se escolhermos o isolamento ou o contato com pessoas será nossa responsabilidade as consequências deste ou daquele ato.
vivenciar o presente
suposições, expectativas, planos, anseios, medos, desejos.. a qualquer momento povoavam a minha mente fazendo eu me desligar do que estivesse a minha volta naquele exato instante.
mas o passado também surgia assim, com saudades, boas lembranças.. lamentações para aqueles pensamentos "podia ter sido diferente!..." mas não foi. e talvez não tenha sido tão ruim assim!
é que o futuro é ilusório, não existe ainda. podemos planejar, planejar, planejar.. nada garante que que o planejado se torne real.
mas também o passado é irreal, quem garante que a impressão que guardei foi a correta? além disso reconstruímos nossas impressões do passado conforme costuramos nossa identidade, auto-conceito, ego, chamem como queiram.
então o que restou foi a mente presente, por vezes viajante sem rumo, em algum lugar entre o futuro e o passado. daí o desafio, centrá-la no omento presente, nas necessidades presentes.
não tem a ver com o espírito bon vivan esquecido do passado por amnésia alcoolica e despreocupado com a ressaca de amanhã!
tem a ver com ter consciencia da minha história e das estórias que eu construiu pra mim, pra entender quem sou HOJE.
ter planos pro futuro, almejar degraus que os olhos já alcancem, pra escolher onde pisar HOJE.
A insustentável leveza do ser - Milan Kundera
idas e vindas
