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Véspera de eleição, e resolvem salvar a esquecida avenida Goiás do abandono cotidiano. A custa do massacre dos moradores desse lugar. Durante o dia vivem no olho do furacão comercial. Com a reforma dos canteiros da avenida, o ruído e vibração entram madrugada a dentro, sem cessar, liga o dia à noite. Caminhões pipa são a maneira de limpar o acúmulo de terra no asfalto. Ainda há tratores, caminhões e muitos homens gritanto coisas que não se sente quando uma britadeira parece invadir sua casa! Vai se aproximando e penso que não vou suportar a dor de cabeça.. E mal sei quando o barulho vai acabar. Fecho-me no banheiro para tentar descançar.
Condições de moradia com dignade no Setor Central de Goiânia envolve tranquilidade para dormir! Tenho certeza que no condomínio do prefeito não tem ninguém impedindo seu sono! Isso é revitalização! Dar condições de vida às pessoas que aqui residem.
Fwd: Aqui, dormir é difícil
De: Natália Teixeira <nataliabvt@gmail.com>
Data: 18 de março de 2010 21:28
Assunto: Aqui, dormir é difícil
Para: leitor@jornalopopular.com.br
Aqui, dormir é difícil
Eram 00:46 de hoje quando comecei a escutar um ruído de motor muito
alto vindo de fora. Ainda meio sonolenta fui até a janelar e entendi
que a equipe que poda a grama do canteiro central da Av Goiás estava
em ação. Moro na rua 8 - antiga rua do lazer!, e frequentemente pregam
essas pegadinhas de mal gosto nos moradores do setor central. Todos os
dias a coleta de lixo só passa depois da meia noite, as vezes depois
das 2 horas, com aqueles caminhões tão barilhentos quanto tanques de
guerra!
Da última vez que pintaram o meio-fio das ruas também me lembro de ter
sido acordada depois da 1 da madrugada. E agora, graças aos carros de
combate à dengue, nem adianta tentar durmir antes das 2 horas. Eles
rodeiam os quarteirões passando rua a rua, e quando você pensa que já
estão longe, retornam!
A partir das 8 horas o centro já está tranquilo, funciona como um
bairro comum. Estes (des)serviços não teriam nenhuma dificuldade em
serem realizados a noite, no período em que ainda não estamos tentando
dormir. Ou nos fins de semana, quando o centro fica às moscas. Sinto
que o poder público não leva em consideração a presença de centenas de
condomínios residenciais aqui quando planejam a coleta de lixo, o
fumacê, a pintura dos meio-fios, a poda dos canteiros... pra que tudo
isso se me tiram o direito de dormir? Alguém conhece alguma empresa
que instala janelas anti-ruídos?
Toda vez que saio de Goiânia, percebo como esta cidade é poluída de
ruídos: é como se eu passasse por uma descompressão e rapidamente me
sentisse melhor. A qualidade de vida passa pelo conforto sonoro e
Goiânia está longe de me proporcionar isso, infelizmente.
Natália Beatriz Viana Teixeira / Psicóloga Organizacional - UFG
Multa por fumar em SP chega a R$ 3.170 e fechamento do estabelecimento
e quem aplica essa multa é o mesmo que multa os buteco que enchem as calçadas de mesas? e nesse tipo de bizarrisse que dá tentar exportar leis de convívio social de países desenvolvidos
Governo proíbe refrigerantes e sucos artificiais na merenda escolar e lança a Plataforma Freire para diplomar professores
tá, também acho que não deve ter.. mas as escolas vão ficar sem suco? e substituir por suco de caju de garrafinha, revezando com o de maracujá estragado todo dia, pode?
eu - e todo mundo! - tomou daqueles sucos amarelos com gosto de qualquer coisa - é como mágica, vc imagina que está tomando de maracujá que está.. o outro de laranja e também está..
hj vi uma matéria interessante.. o cara argumentava, quando a educação aparece na mídia é pra falar da merenda escolar, do transporte escolar, da escola destruída, do comportamento dos alunos, do tráfico na escola, e nunca sobre o ensino, se as crianças estão aprendendo..muito menos sobre o fato de que, afinal, essa escola só serve pra guardar crianças.
e agora, as notícias são de curso a distância pra formar professor, porque médicos tem que frequentar a universidade pra atender pacientes, engenheiros para construírem prédios, mas professor pode fazer um cursinho apostilado online e ir pra escola tratar com crianças... mais um passo pra desvalorização do professor e da educação como um todo. e o pior é que se trata de uma ação governamental do ministério da educação. não faltasse mais nada, a piada é que nomearam a porcaria de plataforma freire, pra vergonha dos que conhecem o valor das idéias e práticas de Paulo Freire. mais uma do marketing petista, com seu ministro da educação Administrador Fernando Hadad. Por falar em marketing, a propaganda deste projeto é um atentado a educação, basta lembrar que termina com professores em coro respondendo o narrador: "entendido, professor!", quase como um "sim, senhor!" militar.
Reflexões sobre o valor do trabalho
sinti que não tava nada fácil tirar as minhas cutículas, as minhas mãos estavam detonadas... e era por isso mesmo que eu estava lá, se estivesse fácil, faria eu mesma. mas em certo momento comecei a achar que a manicure iria receber muito pouco pelo trabalho imenso que estava realizando.. uma fez as mãos, outra os pés. 7,50 pra cada uma... a dos pés foi mais rápída, deve ter gasto uns 30 minutos. a das mãos levou quase 1 hora. então pensei que se ela trabalhar com a agenda cheia o dia todo ela receberia uma média de 7,50 a hora.
ainda bem que me lembrei de um calculo que fiz recentemente, sobre quanto eu estava recebendo por hora de trabalho.. em torno de 10 reais.. com o aumento vai chegar a quase 14.
então avaliei e pensei que a manicure nao ganhava tão pouco assim... afinal quando eu trabalhava no telemarketing ganhava 2,50 a hora..
mas essas comparações só fazem sentido sob a atual lógica do trabalho, que permite que um grupo seleto de humanos tenha acesso a tudo de melhor que o mundo produza, e não garante o mínimo de condições de sobrevivência a maioria. que maioria é essa?!
golpe de Estado em Honduras
eu... sei não hein
Michael Jackson

ainda bem que a MTV, passou um documentário sobre ele hj a noite, do começo da década de 90, de uma éṕoca em que a mídia ainda respeitava o Michael. podiam repetir, muito bom! e no site da emissora tá só crescendo as colaborações sobre o Michael... http://mtv.uol.com.br/michaeljackson
é piada, e de mal gosto!
É escândalo atrás de escândalo. Tenho a impressão de que faz anos que o congresso brasileiro só legisla a si mesmo, em resposta a algum escândalo. A mídia decide explorar determinado assunto e de repente percebe-se uma bola de neve de antiética, ilegalidade e falta de compromisso com a política. Parece que nenhum tema que afete a vida dos brasileiros é votado!
Um deputado esta semana declarou, defendendo o pagamento de passagens com o nosso dinheiro para a família dele, dizendo que esta também faz parte do seu mandado! Outros que tentam justificar o injustificável dizendo que sempre foi assim e por isso é natural. Ou que não há regras claras – mas não é o legislativo que cria as regras? Então ele também é responsável por negligenciar esse assunto.
A democracia representativa descobriu na prática sua inviabilidade. São os próprios deputados que constroem as regras do jogo, eles que decidem manter as próprias regalias e não punir os crimes dos colegas, então é um dilema sem fim. Além disso, órgãos que deviam fiscalizar o congresso como o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União não o fazem, permanecem mudos. E nós brasileiros com pouco interesse por política assistimos ao noticiário como se tudo fosse mais uma novela das oito!
Não é possível é justificar a existência desse congresso somente pela importância teórica desse instrumento democrático, que na prática não é espaço de defesa do que é público! Devíamos fechar o congresso nacional e começar tudo de novo!
A Grande Farsa do Aquecimento Global
O aquecimento global nas últimas décadas é fato, e disso ninguém discorda. Mas atribuir a elevação da temperatura global ao aumento de CO2 na atmosfera – decorrente da atividade humana – não é um consenso científico. Estamos acostumados a repetir tal hipótese pois ela é reafirmada por todo mundo, seja nas escolas, seja na mídia. Os noticiários exibem reportagens apocalípticas sobre desastres ambientais e os discursos políticos não expressam dúvidas sobre as causas das mudanças climáticas. Hoje é tido como politicamente incorreto duvidar dessa tese o que se tornou um tipo de moralismo.
Renomados cientistas climáticos afirmam que nenhuma das grandes mudanças no clima nos últimos mil anos pode ser explicada pelo CO2 e por isso a base da teoria do aquecimento global causado pelo CO2 está ruindo. Eles afirmam que houve períodos em nossa história, em que tivemos três vezes mais CO2 do que temos hoje, ou períodos quando tivemos até 10 vezes mais CO2 do que atualmente. Não se pode dizer que o CO2 mudará o clima pois isso certamente nunca aconteceu no passado.
Frequentemente se diz nas publicações sobre o aquecimento global que há um consenso entre milhares de cientistas de que os humanos estão causando mudanças catastróficas no clima mundial. A tese do aquecimento global causado pelo homem é apresentada na mídia com tendo o selo de autoridade do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, ou o "IPCC". Mas não podemos esquecer que o IPCC, por compor a ONU, é uma instituição política e suas afirmações são dirigidas politicamente.
Nem mesmo dentro do IPCC existe consenso sobre o tema. Criou-se o mito de que o IPCC é a reunião dos dois mil e quinhentos melhores cientistas do mundo, mas Paul Reiter, membro do IPCC e do Pasteur Institute – Paris, considera que a bibliografia desses cientistas não condiz com esta afirmação. Denuncia ainda que especialistas que não concordam com a tese hegemônica, mas que abrem mão de combatê-la, estão sendo colocados na lista dos dois mil e quinhentos "melhores cientistas do mundo". Richard Lindzen, membro do IPCC e do M.I.T., diz ainda que para aumentarem o número até dois mil e quinhentos, o IPCC começou a incorporar grupos de críticos, pessoas de governos, e assim por diante.
Não podemos esquecer que cientistas climáticos precisam de "um problema" para conseguir financiamento. Existe um grande interesse em criar pânico porque, assim, dinheiro flui para a ciência climática. É um grande negócio, visto que uma tese científica encampada politicamente se transformou em uma fonte de empregos. Dezenas de milhares de carreiras dependem do aquecimento global, que gerou um grande mercado.
Assim, uma teoria sobre o clima tornou-se uma ideologia política. Patrick Moore, co-fundador e ex-membro do Greenpeace, critica a atuação do movimento ambiental, e afirma que na verdade ele é um movimento político ativista que se tornou incrivelmente influentes a nível global. O movimento ambientalista se transformou na maior força para impedir o desenvolvimento nos países sub-desenvolvidos. O discurso dominante invoca a ameaça de desastres climáticos para impedir progressos industriais vitais no mundo em desenvolvimento. Algo que emerge em todo o debate ambiental é o fato de que estão tentando matar o sonho africano de se desenvolver.
A história do aquecimento global é o relato educativo de como um pânico midiático se tornou a idéia definidora de toda uma geração. Toda a questão do aquecimento global se tornou como que uma religião e os que discordam são chamados de hereges e sofrem censura e intimidação.
O documentário não se limita a combater a tese de que o aumento de CO2 é o responsável pelas variações climáticas do último século, expondo didaticamente diversas pesquisas climáticas sob diferentes enfoques que se complementam para nos fazer refletir sobre as reais causas do aquecimento global e ainda sobre como as sociedades estruturam ideologicamente suas instituições para assegurar interesses econômicos.
O documentário pode ser visto no Youtube com legenda em português e está dividido em 9 partes.
Parte 1:
http://www.youtube.com/watch?v=1JCVjg7H94s
A baixo está o link do usuário que postou a versão que eu assisti, contendo todas as partes.
http://www.youtube.com/user/barox3
Recomento a todas as pessoas de bom senso que assistam!!!
Aproveitando o gancho da festa NO DIVÃNEIO para a crítica às festas Universitárias
Sempre tive uma relação muito franca com todos que me conhecem, criticando e permitindo que se façam críticas sobre os meus pensamentos... Então, pra fazer jus a forma aberta de se discutir temáticas sem que alguém se sinta ferido pessoalmente, toma lá:
No dia 20 de outubro haverá a festa NO DIVÃNEIO no Recanto do Carlito, festa de recepção dos calouros do curso de psicologia da UFU. E mesmo tendo na organização uma turma que não foi massacrada pela tradicional festa do curso, visto que no semestre anterior não houve a festa dos bixos, a 62.a. turma da Psicologia/UFU apresenta a mais tradicional festa dos bixos da psico. O slogan: “Após um ano...... a tradição está de volta!!!!”.: brega como desde que eu a conheço. Inclusive como a que eu estive na (des)organização – assumo.
Nossa! Que ilusão! Eu esperava que uma turma com tanto de gente bacana como a 62.a. não fosse perpetuar a tradição brega das festas da psicologia/UFU. Esperava mesmo, na minha santa inocência, que vocês conseguiriam usar esse espaço pra divertir a galera com atrações musicais de verdade e findar a era da “festa pra chapar e pegar” que as turmas da psicologia praticam pelo menos desde 2003, ano em que ingressei nesse curso.
Que fique bem claro que sou uma das grandes defensoras da necessidade humana de chapar e pegar... Mas até pra potencializar a chapação e obter bombas explosivas de orgasmo nas pegadas, as drogas que você estiver consumindo precisam ter qualidade.
As festas universitárias são regidas mais ou menos assim: “Precisamos de uma festa pra galera beber toda a cerveja que colocarmos no bar!” e só! Que todo mundo que organiza festas e eventos culturais têm que vender toda cerveja e não ter prejuízo é óbvio! Mas vender a alma pro diabo por isso está valendo?
Todo mundo só pensa na grana que tem que ganhar, não pensa que formar público pra banda de qualidade vai bombar inclusive festas futuras, que isso é investimento nesses eventos. As pessoas passam a requisitar as bandas e freqüentar as festas porque gostam do som, e não somente pra encher a cara, porque encher a cara é muito mais barato em casa. Mas é contagioso, ninguém quer fazer festas bacanas, todo mundo se deixa contagiar pela simplicidade tola e não avaliam o quanto suas ações, que parecem isoladas do resto do mundo, tem repercussão em um dado tempo-espaço, constrói uma determinada realidade, sendo toda ação humana uma ação política.
Vou desenhar:
Surge uma banda legal na cidade, tocando produção autoral, com influências variadas quaisquer que fujam dos estilos musicais mapeados pela mídia. Isso pra mim já é o suficiente pra pelo menos respeitar os caras, mesmo que eu não goste do som, pois eles estão nadando contra a maré do cover e da indústria. Aí se for uma galera responsável, haverá uma pesquisa das influências que podem compor as idéias iniciais da banda, isso em rítimo, em vocal, em instrumentos, em poesia, em ideologia, em figurino, em técnica. Um trabalho que não tem limite. Quando a cara da banda está pronta, aí vêm os ensaios exaustivos, instrumentos que não estão redondos, problemas financeiros. A banda vai ter uma ralação pra conseguir lugares pra tocar, divulgar o seu trabalho, tendo quase sempre um público muito restrito[i].
Ao mesmo tempo surge uma dupla Sertaneja, que na verdade é mais New Brazilian Country, brega music ou qualquer outra coisa que não sertanejo. Os caras vão pra balada de chapéu tocar cover de Bruno e Marrone. Eles só precisam de umas revistinhas de cifras das músicas dos fazendeiros citados pra reproduzir a lambança. Vão tocar em tudo quanto é buteco da cidade, com um violão desafinado, uma voz de taquara rachada e todo mundo que tiver a fim de ouvir esse som saberá como, porque todo fim de semana Coliseu, Fazendão e companhia bombam.
E aí? Quem vai se dar bem? Em Uberlândia haveria espaço e público pra que tanto as bandas independentes quanto o lixo da indústria cultural circulassem. Mas não. Só o lixo tem valor. Bandas cover ou que se alimentam do formato midiático da música conseguem ganhar grana com muito mais facilidade do que quem realmente trabalha com música, produz música, vive a música.
E aí entra o público universitário. Atual e futura classe média, média alta, motor do sistema político e econômico, futuros profissionais da saúde, da educação, da cultura, da gestão, da construção, da produção, do direito (mas estes não têm salvação mesmo!). Antigamente pra ocupar esses postos de trabalho precisava-se ter o mínimo de formação cultural: a elite era cult. E mesmo assim se fazia muita lambança sendo a massa intelectual do país; afinal de contas, é pra isso que existe uma elite. Mas surgiram também coisas interessantes desse meio como, por exemplo, a Música Popular Brasileira da década de 1970. E o círculo universitário foi muito importante para o surgimento, crescimento e construção de uma identidade da MPB. Inclusive pela grande perseguição política do regime militar a estes músicos, que encontravam nas universidades lugar propício para veicular informalmente seus trabalhos censurados. O sistema censurava, mas o público veiculava e consumia mesmo assim[ii]. Isso é subversão, é liberdade, é não consumir apenas o que querem nos fazer consumir.
Mas parece que quando a repressão tira a farda, as pessoas se esquecem que ela poderia vestir a roupa que quisesse, que estivesse mais na moda, mais descolada! A indústria cultural avança como um tanque de guerra sobre nossas vidas, nossas idéias, nossas músicas e ficamos olhando com cara de que estava acontecendo uma festa open bar! Vamos encher a cara e ser feliz!
E hoje, o que acontece? Hoje, que teoricamente existe liberdade pra se produzir o que quiser, a repressão é muito mais tênue. Vivemos em uma democracia, todos os brasileiros são felizes, vivem no país do carnaval, nada precisa mudar, vamos beber e comemorar, ao som de qualquer lixo porque somos tão bobo alegres que conseguimos nos divertir com porcaria. Aí se diz: “o som é fulero, mas é bom pra dançar!” me poupem! Assuma que faz parte do seu EU ser brega que muito melhor! Vai me dizer que não existe música de qualidade que serve pra dançar, é só o que fizeram do funk, o axé e o que restou do forró que fazem as pessoas mexerem? Não aceito.
Agora vem o ponto crucial: em vez do meio universitário contribuir pro crescimento de bandas que estão ralando, que não se inserem na lógica, não! As festas universitárias vão tocar o mesmo sempre: uma banda de pagode, um forrozinho, uma dupla sertaneja, um pop rock de vez em quando. Além de uns caras que ficam trocando CDs com os hits do momento e se auto-intitulam DJs. Nada de novo! Repito: nada de novo! “É porque festa universitária é assim mesmo, tem que ser, num dá pra ser diferente”, vão dizer. Mas ninguém tenta! Ninguém ousa! Ninguém quer inovar!
Ao contrário de tempos passados, quando a universidade era o campo onde boas idéias encontravam solo fértil pra florescer, hoje a universidade é uma plantação de soja trangênica. Uma enorme área de terra devastada, sem nada de biodiversidade que quase nos faz esquecer que ali existe vida, quanto mais vida inteligente. Uma terra a espera das sementes da TV Glogo, da Sony Music, do Triângulo Music e cia.
E aquele papo de que tem que respeitar os gostos de todo mundo, ser eclético, pra mim fica limitado quando já existem opções para uma diversidade de públicos, mas não para outros. E mais: ser eclético significa que temos que respeitar até mesmo bandas fascistas?! Gente! Conwboy tem lugar de terça a domingo no Coliseu! E no resto do sertão da farinha podre inteirim.
Galera, vocês querem dançar forró? Estamos bem no meio do cerradão brasileiro. Será que não existe nenhuma banda que toque um som dançante e regional que preste?! Será que com tanto recurso de comunicação de que dispõe a juventude de nossos tempos (só na internet: orkut, myspace e youtube por baixo!) não se consegue encontrar umas dicas de bandas da cidade ou da região que façam um trabalho gostoso?
E pra quem gosta – e tem o direito de ser brega – da banda Balakubaku não precisava ir à festa da psico. A agenda da banda está do balakubaku: dia 06/10/2007 tem Churrasconagandaia no Recanto do Carlito; e dia 07/10/2007 tem Domingo Universitário no Liverpool Club.
E se assina com tanto orgulho uma festa com essas bandas toscas no momento em que a cena independente de Uberlândia está crescendo e se organizando[iii], muitas bandas querendo fazer um trabalho legal, em vez de cumprir-se melhor os papéis que cada um de nós temos de disseminadores de idéias. É sim! Promovendo uma festa com os irmãos Hudson e Lukas vocês não estão valorizando a música sertaneja. Aceitam a idéia de que o que eles fazem é sertanejo, como se esse novo estilo não tivesse a função de matar a música sertaneja!
Chega! Estou esgotada! Ah! Devolver minhas críticas com palavrões sem sentido, sem idéias, não abalam minha auto-estima! Conversem! Conheçam o mundo! Sigam o conselho de uma banda muito legal, lá de Catalão-GO, Maria e seus malucos, na música conheça:
grite, escute, deseje, seje
algo bem maior que o seu umbig
sinta a pele leve
interprete
experimente
experimente
experimente
experimente
[i] As bandas BGs da UFU, vão tocar pra galera BG da UFU: que marca a divisão física do campus do bloco 1G ao 3M. As bandas punks vão tocar pros punks (aliás... tem punk de verdade em Udia? Estou em dúvida), os maluco do Rap vai tocar pros mano e pras mina, e o Heavy Metal... ah, o Heavy Metal... Mas ainda tem muita música! E a música regional, as percussões, o samba. Cada igrejinha com seus fiéis batizados e pagando o dízimo em dia.
[ii] Vídeo do show de Chico Buarque e Gilberto Gil cantando Cálice, tendo o microfone cortado durante o show da música censurada, mas acompanhada em voz alta pela platéia. [http://br.youtube.com/watch?v=oXGDlMMOEWg]
[iii] Jambolada, Conexão Telemig Celular, Goma, RádioBURITI, Arte na Praça, Grupo de risco, Escombro, Grupo Por Nossa Conta... Sabe o que é isso? Sabe pra que serve? Não? Esse é o problema...