Living at Goyania


Este blog anda parado desde que vim pra Goiânia, mas agora voltarei publicar, principalmente imagens.

convite festa

“A essência da festa: cara a cara, um grupo de seres humanos coloca seus esforços em sinergia para realizar desejos mútuos, seja por boa comida e alegria, por dança, conversa, pelas artes da vida. Talvez até mesmo por prazer erótico ou para criar uma obra de arte comunal, ou para alcançar o arroubamento do êxtase.”
Hakim Bey

luminárias para a festa


Foi no site de Rodrigo Barba que encontrei alguma dicas sobre como fazer uma luminária de linha. Mas algumas alterações no procedimento facilitaram o processo, e pude aproveitar materiais que já possuia.
Utilizei:
  • sisal
  • cola branca
  • verniz fixador brilhante em spray
  • papel papel celofane
  • uma bola
  • tesoura
  • pincel

Com a linha de lã e de sisal, a cada volta na bola, dei um nó. Até preencher com a quantidade de linha que queria na luminária. Só então, disolvi cola em água, na proporção de 1/1, e com o pincel passei a cola em toda bola. Depois de seco, retirei o pino na bola e fiz uma abertura com a tesoura, por onde tirei a bola mucha, e onde será a base da luminária. Recortei um pedaço de papel celofane, amassei e coloquei dentro da luminária, o que deu um brilho legal e faz com q a luminária pareça maciça. Em seguida, uma boa mão de verniz para dar brilho e resistência.

Bem, penso retirar a resina da receita vai alterar sua durabilidade. Mas passar a cola depois de enrolar a linha na bola diminui a lambança!

EMBRIAGAI-VOS - Baudelaire

É necessário estar sempre bêbedo. Tudo se reduz a isso; eis o único problema. Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.
Mas – de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor. Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder:
– É hora de se embriagar! Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas! De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor.


Baudelaire

convite de Tim Maia

É terça-feira, é quarta-feira, é quinta-feira
todo mundo quer sambar
Esquecem tudo, esquecem a vida, esquecem a morte
esquecem o que devem fazer
Parecem loucos, mas aos poucos você vai chegando à mesma
conclusão
Que dessa vida não se leva, só se deixa
e por isso eu dou razão
Para os que pulam, os que dançam, os que sambam
a noite inteira sem parar
Por isso mesmo vou pegar meu violão
e vou pro samba, vou sambar!

Vou sambar, vou sambar...

Vou sambar, vou sambar...

Vou sambar, vou sambar...

Vou sambar, vou sambar...

Tim Maia

CID 10 e DSM IV on line

Para a consulta sobre os dois manuais aceitos internacionalmente para o diagnóstico de doenças mentais, acesse:


Goianésia fica aqui, ohh..

olhando lá de cima...um pouco mais!
beeeeem lá do alto!


























































































Receita de Brevidade - a mais recente!


Dori hoje se lembrou de bolinhos e afins que fazem sucesso pela simplicidade no preparo e poucos ingredientes e citou a brevidade. Buscando na internet receitas de brevidade, percebemos que cada site tinha uma receita completamente diferente da outra.

Então, resolvemos adaptar a receita, e eis que fizemos o seguinte:

1 xícara de açucar refinado
1 xícara de polvilho doce
6 ovos
raspas de 1 limão


bata as claras em neve; acrescente as gemas e em seguida os demais ingredientes.
Usamos uma forma de pudim, mas algumas receitas na internet forminhas pequenas, de alumínio ou de papel. Polvilhamos com açucar e canela também!

Sopa de Frango com milho

por Cris Kenne
O milho é uma planta da família Gramineae e da espécie Zea mays. Comummente, o termo se refere à sua semente, um cereal de altas qualidades nutritivas. Cultivada nas américas desde o período pré-colombiano e desconhecida pela maioria dos bárbaros europeus até a chegada destes à América. É um dos alimentos mais nutritivos que existem.
A receita:
500g de frango sem osso
4 espigas de milho verde
Sal
Pimenta de cheiro
Alho
Cebola
Azeite
Cheiro Verde

- Corte o Frango em pedaços pequenos
- Tempere com Sal, Pimenta e Alho
- Frite o frango no Azeite até ficar Dourado
- Acrescente a cebola cortada em pedaços pequenos
- Quando a cebola estiver "transparente" acrescente 1 litro de água fervente e deixe cozinhando.

- Corte o milho e bata no liquidificador com 1 litro de água
- Passe numa peneira fina
- Junte este caldo ao frango que está cozinhando e mexa suavemente até o caldo engrossar.
- Acrescente o cheiro verde e sirva

O que é o burnout? - Stress e qualidade de vida no trabalho


O burnout no trabalho é uma síndrome psicológica que envolve uma reação prolongada aos estressores interpessoais crônicos. As três principais reações desta reação são uma exaustão avassaladora, sensações de ceticismo e desligamento do trabalho, uma sensação de ineficácia e falta de realização.
A dimensão da exaustão (componente básico individual do stress no burnout) refere-se às sensações de estar além dos limites e exaurido de recursos físicos e emocionais. As principais fontes desta exaustão são a sobrecarga do trabalho e o conflito pessoal no trabalho.
A dimensão do ceticismo (componente do contexto interpessoal no burnout) refere-se a reação negativa, insensível ou excessivamente desligada dos diversos aspectos do trabalho. Ela geralmente se desenvolve em resposta à sobrecarga de exaustão emocional, sendo primeiramente autoprotetora – um amortecedor emocional de “preocupação desligada”. Com o tempo os trabalhadores não estão simplesmente criando um amortecedor e diminuindo a quantidade de trabalho, mas também desenvolvendo uma reação negativa às pessoas e a seu trabalho. Eles continuam fazendo seu trabalho, mas apenas o mínimo necessário, de modo que a qualidade de seu desempenho acaba caindo.
A dimensão da ineficácia (componente de auto-avaliação no burnout) refere-se às sensações de incompetência e a uma falta de realização e produtividade no trabalho. Esta menor sensação de auto-eficácia é exarcerbada por uma falta de recursos no trabalho, bem como uma falta de apoio social e de oportunidade de desenvolvimento profissional.
Ao contrário das reações agudas ao stress, que se desenvolvem em resposta a incidentes críticos específicos, o burnout é uma reação cumulativa a estressores ocupacionais contínuos. É um processo de erosão psicológica e social desta exposição crônica. Por isso tende a ser razoavelmente estável ao longo do tempo.
O problema do burnout surgiu primeiramente em ocupações relacionadas a cuidados pessoais e serviços assistenciais como atendimento a saúde, saúde mental, assistência social, sistema judiciário penal, profissões religiosas, aconselhamento e ensino. Todas essas ocupações tem em comum um foco no fornecimento de auxilio e prestação de serviços a pessoas necessitadas – em outras palavras, o principal no emprego é a relação entre o prestador de serviço e seu receptor – o que exige um nível contínuo e intenso de contato pessoal e emocional. Embora tais relações possam ser recompensadoras e envolventes, elas também podem ser bastante estressantes. Em tais ocupações, as normas prevalentes são ser abnegado e colocar as necessidades dos outros em primeiro lugar; trabalhar muito e fazer o que for necessário para ajudar o cliente ou paciente ou aluno; fazer esforço adicional e dar tudo de si. Além disso, os ambientes organizacionais destes empregos são moldados por vários fatores sociais, políticos e econômicos (como cortes de verbas ou restrições políticas) que resultam em ambientes de trabalho onde o nível de exigência é alto e os recursos escassos.
À medida que outras ocupações tornaram-se mais orientadas para um atendimento ao cliente “personalizado”, o fenômeno do burnout tornou-se relevante também para estes empregos.


O impacto do burnout no emprego
As pesquisas constatam que o stress no trabalho prediz um pior desempenho no emprego, problemas com relacionamentos familiares e problemas de saúde e estudos têm demonstrado achados paralelos no caso do burnout no emprego. Quando os funcionários passam a ter um funcionamento mínimo, padrões mínimos de trabalho e qualidade mínima de produção, ao invés de apresentar seu melhor desempenho, eles cometem mais erros, tornam-se menos meticulosos e têm menos criatividade para a resolução de problemas.
O burnout foi associado a várias formas de reações negativas ao emprego, incluindo insatisfação com o emprego, baixo comprometimento organizacional, absenteísmo, intenção de sair do emprego e rotatividade. As pessoas que sofrem de burnout podem ter um impacto negativo sobre seus colegas, tanto pelo fato de causarem maior conflito pessoal, quanto por atrapalhar as tarefas do trabalho. Portanto, o burnout pode ser “contagioso” e se perpetuar através das interações informais no trabalho.
Quando o burnout atinge o estágio de ceticismo elevado, ele pode resultar em maior absenteísmo e aumento na rotatividade. Os funcionários que sofrem de burnout fazem o mínimo necessário, faltam ao trabalho regularmente, vão embora do trabalho cedo e pedem demissão, e tudo isso ocorre em índices superiores aos de funcionários engajados.
A exaustão tem sido associada a vários sintomas físicos de stress: cefaléia, problemas gastrintestinais, tensão muscular, hipertensão, episódios de resfriado/gripe e problemas do sono.
O burnout também tem sido associado à depressão. Um pressuposto comum é de que o burnout causa disfunção mental, tais como depressão, ansiedade e diminuição da auto-estima. Um argumento alternativo é de que o burnout não é um precursor da depressão, mas uma forma de doença mental. Pesquisas mais recentes sobre esta questão indicam que o burnout pode, de fato, ser distinto da depressão clínica, mas que parece enquadrar-se nos critérios diagnósticos de neurastenia relacionada ao trabalho.

Pesquisas quanto a forma como o burnout afeta a vida doméstica, têm encontrado um efeito de spillover negativo. Os trabalhadores que sofrem de burnout eram avaliados por seus cônjuges de formas mais negativas e eles próprios relatavam que seu trabalho tinha um impacto negativo sobre sua família e que seu casamento era insatisfatório.

A Grande Farsa do Aquecimento Global

“The Great Global Warming Swindle”, ou “A Grande Farsa do Aquecimento Global”, de Martin Durkin é um documentário produzido pela BBC, Channel 4 britânico, que contrapõe os argumentos exibidos em "Uma Verdade Inconveniente" de Al Gore. Reúne depoimentos de cientistas de grandes universidades e centros de pesquisa no mundo para denunciar que a teoria do aquecimento global causado pelo homem não tem base científica. Segue abaixo as principais temáticas expostas por esse filme polêmico dos pontos de vista ambiental, político, econômico e científico.
O aquecimento global nas últimas décadas é fato, e disso ninguém discorda. Mas atribuir a elevação da temperatura global ao aumento de CO2 na atmosfera – decorrente da atividade humana – não é um consenso científico. Estamos acostumados a repetir tal hipótese pois ela é reafirmada por todo mundo, seja nas escolas, seja na mídia. Os noticiários exibem reportagens apocalípticas sobre desastres ambientais e os discursos políticos não expressam dúvidas sobre as causas das mudanças climáticas. Hoje é tido como politicamente incorreto duvidar dessa tese o que se tornou um tipo de moralismo.
Renomados cientistas climáticos afirmam que nenhuma das grandes mudanças no clima nos últimos mil anos pode ser explicada pelo CO2 e por isso a base da teoria do aquecimento global causado pelo CO2 está ruindo. Eles afirmam que houve períodos em nossa história, em que tivemos três vezes mais CO2 do que temos hoje, ou períodos quando tivemos até 10 vezes mais CO2 do que atualmente. Não se pode dizer que o CO2 mudará o clima pois isso certamente nunca aconteceu no passado.
Frequentemente se diz nas publicações sobre o aquecimento global que há um consenso entre milhares de cientistas de que os humanos estão causando mudanças catastróficas no clima mundial. A tese do aquecimento global causado pelo homem é apresentada na mídia com tendo o selo de autoridade do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, ou o "IPCC". Mas não podemos esquecer que o IPCC, por compor a ONU, é uma instituição política e suas afirmações são dirigidas politicamente.
Nem mesmo dentro do IPCC existe consenso sobre o tema. Criou-se o mito de que o IPCC é a reunião dos dois mil e quinhentos melhores cientistas do mundo, mas Paul Reiter, membro do IPCC e do Pasteur Institute – Paris, considera que a bibliografia desses cientistas não condiz com esta afirmação. Denuncia ainda que especialistas que não concordam com a tese hegemônica, mas que abrem mão de combatê-la, estão sendo colocados na lista dos dois mil e quinhentos "melhores cientistas do mundo". Richard Lindzen, membro do IPCC e do M.I.T., diz ainda que para aumentarem o número até dois mil e quinhentos, o IPCC começou a incorporar grupos de críticos, pessoas de governos, e assim por diante.
Não podemos esquecer que cientistas climáticos precisam de "um problema" para conseguir financiamento. Existe um grande interesse em criar pânico porque, assim, dinheiro flui para a ciência climática. É um grande negócio, visto que uma tese científica encampada politicamente se transformou em uma fonte de empregos. Dezenas de milhares de carreiras dependem do aquecimento global, que gerou um grande mercado.
Assim, uma teoria sobre o clima tornou-se uma ideologia política. Patrick Moore, co-fundador e ex-membro do Greenpeace, critica a atuação do movimento ambiental, e afirma que na verdade ele é um movimento político ativista que se tornou incrivelmente influentes a nível global. O movimento ambientalista se transformou na maior força para impedir o desenvolvimento nos países sub-desenvolvidos. O discurso dominante invoca a ameaça de desastres climáticos para impedir progressos industriais vitais no mundo em desenvolvimento. Algo que emerge em todo o debate ambiental é o fato de que estão tentando matar o sonho africano de se desenvolver.
A história do aquecimento global é o relato educativo de como um pânico midiático se tornou a idéia definidora de toda uma geração. Toda a questão do aquecimento global se tornou como que uma religião e os que discordam são chamados de hereges e sofrem censura e intimidação.
O documentário não se limita a combater a tese de que o aumento de CO2 é o responsável pelas variações climáticas do último século, expondo didaticamente diversas pesquisas climáticas sob diferentes enfoques que se complementam para nos fazer refletir sobre as reais causas do aquecimento global e ainda sobre como as sociedades estruturam ideologicamente suas instituições para assegurar interesses econômicos.

O documentário pode ser visto no Youtube com legenda em português e está dividido em 9 partes.
Parte 1:
http://www.youtube.com/watch?v=1JCVjg7H94s


A baixo está o link do usuário que postou a versão que eu assisti, contendo todas as partes.

http://www.youtube.com/user/barox3

Recomento a todas as pessoas de bom senso que assistam!!!

Lucy and the popsonics em Uberlândia








divertido, irreverente, debochado, sexy.. já escutou?
e ainda auto suficiente! o Lucy and the popsonics é uma super economia de músicos. dois integrantes fazem um puta som com guitarra e baixo e recursos eletrônicos - conta com baterista eletrônico de fácil gerenciamento!rsrs
massa de mais. vai logo escutar, coloca alto e mexa-se!

Conversa sobre como fazer queijo

Natália Beatriz diz (14:50):

ou, anteontem fiz um queijo sem saber como

as só percebi isso depois q tinha jogado fora, por ignorancia

oce q é um cara entendido das coisa da roça tem q me explicar o q aconteceu

comprei um litro de leite de saquinho

fervi

guardei dentro da garrafa térmica (aquela cor de rosa)

Dori Ottoni diz (14:52):

pra que ferver?

Natália Beatriz diz (14:52):

[pra matá os bicho]

Dori Ottoni diz (14:52):

não pode por leite em garrafa térmica

Natália Beatriz diz (14:53):
pq?

Dori Ottoni diz (14:53):

o leite é pasteurizado.

foi aquecido a 170º

antes de por no saco

quando vc tirou ele do saquinho e pos numa panela pra ferver ce contaminou ele de novo

Natália Beatriz diz (14:54):

uai, mas contaminar por contaminar só de abrir e por na geladeira contamina

pq virou queijo?

Dori Ottoni diz (14:55):

ambiente aquecido e sem luz, na ausência de oxigênio

Natália Beatriz diz (14:55):

.

Dori Ottoni diz (14:55):

não virou queijo, virou coalhada

ação das bactérias

Natália Beatriz diz (14:55):

no 1.o. dia sim, aí fiquei com preguiça de lavar no dia e no 2.o já era queijo e soro

Dori Ottoni diz (14:56):

pra virar queijo, vc teria que cortar aquela coalhada e depois escorrer o soro

Natália Beatriz diz (14:57):

cortar? como assim

Dori Ottoni diz (14:57):

cortar mesmo, com uma faca, formando cubinhos ou só despedaçar com a mão mesmo

cortar é melhor

receita básica de requeijão de roça.

Natália Beatriz diz (14:58):

vi algo parecido, tinha uma forminha de cano pvc e um pano de prato pra coar por dentro

Dori Ottoni diz (14:58):

deixa o leite numa lata, panela, caldeirão coberto com um pano limpo

quando já for coalhada( 1 ou 2 dias depois)

corte, coloque numa panela grande ponha pra aquecer.

quando estiver quente vá retirando o soro com uma concha

esse da forminha e pano é queijo minas

é um processo diferente.

no queijo minas coloca-se uma substância que o transforma em coalhada em poucas horas

Natália Beatriz diz (15:02):

mas qdo aquecendo não vai misturar o soro de novo no coalho?

Dori Ottoni diz (15:02):

não, vai separando.

Natália Beatriz diz (15:02):

mas aí não côa? tira o excedente?

Dori Ottoni diz (15:03):

côa o que?

Natália Beatriz diz (15:03):

vai tirando o soro qdo quente com concha

Dori Ottoni diz (15:03):

o troço na panela, a medida que vai fervendo ce vai tirando o soro

Natália Beatriz diz (15:03):

sobra o q? requeijão?

Dori Ottoni diz (15:04):

isso, vai tirando
tudo. no fim tem uma massa de queijo dentro da panela,
coloca manteiga de
leite e vai "sovando essa massa na panela até dar o ponto.

o ponto é
quando dá aquela consistência de mussarela derretida sabe!

que estica um fio e
não quebra

Natália Beatriz diz (15:06):

ai q delícia!

interessante, primeiro separa a manteiga do leite, pra depois juntar com a
coalhada e fazer requeijão!

Dori Ottoni diz (15:11):

é

quando o leite
é gordo, puro de roça, enquanto
coalhando, forma uma camada espessa de nata por cima.

Dori Ottoni diz (15:12):

quando faz queijo minas, o processo de coalhar é acelerado, então não ocorre essa decantação da gordura

parte da gordura fica no queijo

Natália Beatriz diz (15:12):

o queijo minas é mais gordo por isso, então

e por isso é mais gostoso, ricota q é mais magro não tem sabor

Dori Ottoni diz (15:13):

depende de como ele foi feito

pode-se desnatar
antes de fazer o queijo

Dori Ottoni diz (15:14):

ricota não tem gordura, é a borra das proteínas do leite que ficaram separadas
dos grãos do queijo.

aqueles cubinhos de coalhada

Natália Beatriz diz (15:14):

nossa!

Dori Ottoni diz (15:15):

eles ficaram dispersos no soro e passaram pela peneira

Natália Beatriz diz (15:15):

então o q eu joguei fora
era ricota!

Dori Ottoni diz (15:15):

ai vc usa um aglutinante (vinagre) pra juntar eles.

Natália Beatriz diz (15:15):

rs

Dori Ottoni diz (15:16):

não, ricota
é feito do soro que vc extraiu da
fabricação do queijo minas, muzzarela etc

Natália Beatriz diz (15:17):

vou tentar fazer requeijão

vou publicar parte dessa nossa conversa no blog
na cozinha, ok?

Dori Ottoni diz (15:19):

é o fino

ok

Natália Beatriz diz (15:19):

de passar no pao

Dori Ottoni diz (15:20):

a ricota é
o fino da proteina pura do leite

totalmente sem gordura

requeijão gremoso é facim, é
só bater leite e margarina e mais nun sei o
que no liquidificador

Dori Ottoni diz (15:21):

cremoso

tem receita na net adoidado

a mais simples
é a única que funciona

Natália Beatriz diz (15:21):

hehehe

ah é?

se complicar estrumbica

Lóri de Clarice



“pois que agora o terremoto serviria à sua histeria e agora que estava libertada podia até adiar para o futuro a decisão de não ver Ulisses: só que hoje queria vê-lo e, apesar de não tolerar o mudo desejo dele, sabia que na verdade era ela quem o provocava para tentar quebrar a paciência com que ele esperava; com a mesada que o pai mandava comprava vestidos caros sempre justos, era só isso que sabia fazer para atraí-lo e
estava na hora de se vestir: olhou-se no espelho e só era bonita pelo fato de ser uma mulher: seu corpo era fino e forte, um dos motivos imaginários que faziam com que Ulisses a quisesse; escolheu um vestido de fazenda, apesar do calor, quase sem modelo, o modelo seria o seu próprio corpo mas
enfeitar-se era um ritual que a tornava grave: a fazenda já não era um mero tecido, transformava-se em matéria de coisa e era esse estofo que com o seu corpo ela dava corpo – como podia um simples pano ganhar tanto movimento? seus cabelos de manhã lavados e secos ao sol do pequeno terraço estavam de seda castanha mais antiga – bonita? não, mulher: Lóri então pintou cuidadosamente os lábios e os olhos, o que ela fazia, segundo uma colega, muito mal feito, passou perfume na testa e no nascimento dos seios – a terra era perfumada com cheiro de mil folhas e flores esmagadas: Lóri se perfumava e essa era uma das suas imitações do mundo, ela que tanto procurava aprender a vida – com o perfume, de algum modo intensificava o que quer que ela era e por isso não podia usar perfumes que a contradiziam: perfumar-se era de uma sabedoria instintiva, vinda de milênios de mulheres aparentemente passivas aprendendo, e, como toda arte, exigia que ela tivesse um mínimo de conhecimento de si própria: usava um perfume levemente sufocante, gostoso como húmus, cujo nome não dizia a nenhuma de suas colegas-professoras: porque ele era seu, era ela, já que para Lóri perfumar-se era um ato secreto e quase religioso
– usaria brincos? hesitou, pois queria orelhas apenas delicadas e simples, alguma coisa modestamente nua, hesitou mais: riqueza ainda maior seria a de esconder com os cabelos as orelhas de corça e torna-las secretas, mas não resistiu: descobriu-as, esticando os cabelos para trás das orelhas incongruentes e pálidas: rainha egípcia? não, toda ornada como as mulheres bíblicas, e havia também algo em seus olhos pintados que dizia com melancolia: decifra-me, meu amor, ou serei obrigada a devorar, e
agora pronta, vestida, o mais bonita quanto poderia chegar a sê-lo, vinha novamente a dúvida de ir ou não ao encontro com Ulisses – pronta, de braços, pendentes, pensativa, iria ou não ao encontro? com Ulisses ela se comportava como uma virgem que não era mais, embora tivesse certeza de que também isso ele adivinhava, aquele sábio estranho que no entanto não parecia adivinhar que ela queria amor.




Uma Aprendizagem ou O livro dos Prazeres - Clarice Lispector

cookies de aveia com maça e canela, ou biscoito de aveia mesmo!

por Cris Kenne

Bom, esta receita é a que vai maça e canela, fica muito bom a maça picada em pedacinhos, mas também é legal só o biscoito, sem coisinhas especiais e já comi com chocolate picado colocado em cima antes de levar ao forno. É bom pra comer toda hora, pro café da manhã, e faz um bem danado pro intestino.

  • 1 e 1/2 xícara de aveia em flocos finos
  • 1/2 x de farinha
  • 1 colher (chá) de Canela em pó
  • 1 pitada de bicarbonato de sódio
  • 1 pitada de sal
  • 1/2 xícara de açúcar mascavo
  • 1/2 xícara de manteiga
  • 1 maçã descascada, sem sementes, metade ralada, metade picada em pequenos pedaços
  • 1 ovo

    Misture a aveia, farinha, canela, bicarbonato de sódio e sal. Na batedeira, bata o açúcar e a manteiga até que fique fofo. Adicione a metade da maçã que foi ralada e o ovo. Depois misture com os ingredientes secos, mexa e adicione a metade da maçã picada. Derrube colherada da massa sobre uma foma untada, achate sua superfície com uma colher. Leve ao forno(preaquecido) por 15 min. Não demora muito pra ficar pronto, tem que ficar esperto senão queima por baixo.

    E em 2008...

    Saibamos caminhar em terreno pedregoso, se for necessário. Mas não nos acostumemos com as pedras. Existem caminhos floridos.
    Paz, cumplicidade, amor, trabalho (ontologicamente), arte, siceridade, paixão, força, honestindade, desejo, beleza, amizade, companheirismo, resistência e ação - que não nos falte em 2008.
    Obrigada ao que enviaram votos de boas festas e feliz aniversário.
    Muito Obrigada aos que estiveram comigo em momentos importantes nesse ano que se passou.
    [Natália Beatriz]
    [fotografia de Masaru Emoto - cristal de água contida em vasilhame com as palavras AMOR E GRATIDÃO]

    Perfis Cognitivos - Terapia Cognitiva dos transtornos de personalidade

    Na medida em que um padrão de personalidade é visto como disfuncional, o diagnóstico de transtorno de personalidade justifica-se, quando o padrão leva a: (1) problemas que produzem sofrimento no paciente, o (2) dificuldades com outras pessoas ou com a sociedade.
    Os indivíduos geralmente vêem seus padrões de personalidade como indesejáveis somente quando acarretam sintomas (por exemplo, depressão ou ansiedade), ou quando parecem interferir em importantes aspirações sociais ou profissionais (como no caso das personalidades dependente, evitativa, ou passivo-agressiva).
    Outras pessoas com transtornos de personalidade podem ver seus próprios padrões como perfeitamente normais e satisfatórios, mas recebem um diagnóstico porque seu comportamento é visto negativamente pelas outras pessoas, como no caso das personalidades narcisistas, esquizóide ou anti-social.
    Cada transtorno caracteriza-se não só por um comportamento disfuncional ou associal, mas por uma composição de crenças e atitudes, afetos e estratégias. É possível oferecer um perfil distintivo de cada um destes transtornos com base em suas características cognitivas, afetivas e comportamentais típicas. Embora esta tipologia seja apresentada em sua forma pura, cabe lembrar que indivíduos específicos podem apresentar características de mais de um tipo de personalidade.
    Os indivíduos com transtornos de personalidade tendem a apresentar padrões de comportamento hipertrofiados ou hiperdesenvolvidos, ao passo que outros padrões são subdesenvolvidos.
    É como se quando uma estratégia interpessoal estivesse hiperdesenvolvida, a estratégia que a equilibra deixasse de desenvolver-se adequadamente. Pode-se especular que, quando uma criança fica excessivamente interessada em um tipo de comportamento predominante, ela obscurece e talvez enfraqueça o desenvolvimento de outros comportamentos adaptativos.
    É útil analisar as características psicológicas dos indivíduos com transtornos de personalidade em termos da visão que tem de si mesmos e dos outros, suas crenças e estratégias básicas e seus afetos principais. Deste modo, os terapeutas podem obter perfis cognitivo-comportamentais-emocionais específicos, que os ajudem a compreender cada transtorno e facilitem o tratamento.


    Transtorno Evitativo de Personalidade
    Conflito-chave: elas gostariam de aproximar-se das outras pessoas e de conseguir desenvolver todo o seu potencial intelectual e vocacional, mas temem ser magoadas, rejeitadas ou fracassar.
    Visão de si: elas vêem a si mesmas como socialmente incapazes e incompetentes em situações acadêmicas ou de trabalho.
    Visão dos outros: potencialmente críticos, desinteressados e depreciadores.
    Crenças nucleares: “Eu não presto... não valho nada... sou indigno de ser amado. Não consigo tolerar sentimentos desagradáveis”.
    Crenças condicionais: “Se as pessoas se aproximassem de mim, descobririam meu ‘verdadeiro eu’ e me rejeitariam – e isso seria intolerável” ou “Se eu empreender algo novo e fracassar, ficarei arrasado”.
    Crenças instrucionais (auto-instrutivas): “É melhor manter-se afastado de um envolvimento arriscado”, “Devo evitar situações desprazerosas a todo custo”, “Se eu pensar ou sentir algo desprazeroso, devo tentar apaga-lo distraindo-me ou preparando algo” (bebida, drogas, etc.).
    Ameaças: ser descoberto em uma fraude, ser rebaixado, humilhado ou rejeitado.
    Estratégias: evitar situações nas quais poderiam ser avaliados; retrair-se às margens dos grupos sociais e evitar atrair a atenção; evitar novas responsabilidades ou a busca de promoções no trabalho.
    Afeto: disforia (combinação de ansiedade e tristeza) relacionada a seus déficits na obtenção dos prazeres que gostaria de receber de relacionamentos íntimos e do senso de domínio advindo da realização. Eles experimentam ansiedade relacionada a expor-se em situações sociais ou de trabalho. A sua baixa tolerância a disforia evita o desenvolvimento de métodos de superação de sua timidez. São introspectivos e monitoram seus sentimentos continuamente, são agudamente sensíveis aos próprios sentimentos de tristeza e ansiedade, mas evitam identificar pensamentos desagradáveis, uma tendência que se ajusta à sua estratégia principal, denominada “evitação cognitiva”.
    A baixa tolerância a sentimentos desagradáveis e a sensibilidade à rejeição perpassam todas as suas ações. A pessoa evitativa simplesmente reduz a suas expectativas e permanece afastada de qualquer envolvimento que implique risco de fracasso ou rejeição.


    Transtorno dependente de personalidade
    Conflito-chave: vêem a si mesmos como indefesos e, portanto, tentam vincular-se a alguma figura mais forte, que lhes ofereça os recursos para a sua sobrevivência e felicidade.
    Visão de si: carentes, fracos, indefesos e incompetente.
    Visão dos outros: vêem os “cuidadores” fortes de maneira idealizada: como provedores, apoiadores e competentes. Pode ter um funcionamento social muito bom enquanto a figura forte estiver acessível.
    Crenças nucleares: “Eu sou completamente indefeso”, “Eu estou completamente só”.
    Crenças condicionais: “Só consigo funcionar se tiver acesso a alguém competente”, “Se for abandonado, eu morro”, “Se não for amado, serei sempre infeliz”.
    Crenças instrucionais: “Não ofenda o provedor”, “Fique perto”, “Cultive um relacionamento o mais íntimo possível”, “Seja subserviente para mantê-lo próximo”.
    Ameaças: rejeição ou abandono.
    Estratégias: cultivar um relacionamento dependente, frequentemente mediante a subordinação a uma figura “forte”.
    Afeto: ansiedade com relação a uma possível ruptura do relacionamento dependente. Elevada ansiedade quando percebem tensão no relacionamento e, com o afastamento da figura de dependência, pode cair em depressão. Experimentam gratificação ou euforia quando seus desejos de dependência são contemplados.

    Transtorno passivo-agressivo de personalidade
    Conflito-chave: coflito entre seu desejo de obter os benefícios conferidos pelas autoridades e seu desejo de manter a autonomia. Procuram manter o relacionamento permanecendo passivos e submissos, mas a medida que sentem a perda da autonomia, subvertem as autoridades.
    Visão de si: auto-suficientes, porém vulneráveis à intromissão de outros. São atraídos por figuras e organizações fortes, porque anseiam por aprovação e apoio social. Portanto, estão frequentemente em conflito entre o desejo de vinculação e o medo da intromissão.
    Visão dos outros: intrusivos, exigentes, intrometidos, controladores e dominadores, mas ao mesmo tempo, aprovadores, compacentes e provedores.
    Crenças nucleares: “Ser controlado por outro é intolerável”, “Tenho que fazer as coisas ao meu modo”, “Eu mereço aprovação por tudo o que fiz”. Seus conflitos se expressam em crenças tais como “Preciso ser cuidado e apoiado pela autoridade” versus “Preciso proteger minha identidade”.
    Crenças condicionais: “Se eu seguir as regras, perderei minha liberdade de ação”.
    Crenças instrucionais: “giram em torno do adiantamento da aça esperada pela autoridade, ou obedecer superficialmente.
    Ameaças:Iperda de aprovação e privação da autonomia.
    Estratégias: fortificar sua autonomia mediante uma tortuosa oposição às figuras de autoridade, ao mesmo tempo que ostensivamente cortejam os favores das autoridades. Tentam escapar ou contornar as regras num espírito de velado desafio. São muitas vezes subversivos, no sentido de que não realizam as tarefas a tempo, não comparecem às aulas, em última análise, um comportamento autodestrutivo. Podem mostrar-se obedientes e cultivar a boa vontade das autoridades. Muitas vezes tem um forte traço passivo. Tendem a seguir a linha da menor resistência, evitando situações competitivas, e interessam-se mais por empreendimentos solidários.
    Afeto: raiva não expressada, associada à rebelião contra a as regras de uma autoridade, que alterna com a ansiedade, quando antecipam reprimendas e são ameaçados com o “corte de suprimentos”.

    Transtorno obsessivo-compulsivo de personalidade
    Conflito-chave: controle e dever, “ordem é bondade”.
    Visão de si: eles se vêem como responsáveis por si mesmos e pelos outros. Acreditam depender deles que as coisas sejam feitas. São responsáveis perante sua própria consciência perfeccionista. São conduzidos pelos “deve”. Muitos deles tem uma imagem nuclear como incapazes ou indefesas. Sua ênfase excessiva em sistemas representa uma compensação para a sua percepção de defeituosidade e impotência.
    Visão dos outros: demasiadamente descuidados, muitas vezes irresponsáveis, auto-indulgentes ou incompetentes. Eles aplicam os “deve” aos outros com liberdade.
    Crenças nucleares: “Eu poderia ser esmagado”, “Eu sou basicamente desorganizado ou desorientado”, “Preciso de ordem, de sistemas e regras para sobreviver”.
    Crenças condicionais: “Se eu não tiver sistema, tudo virá a baixo”, “Qualquer falha ou defeito no desempenho causará uma avalanche”, “Se eu ou os outros não desempenhar-mos de acordo com os mais altos padrões, fracassaremos”, “Se eu falhar nisso, serei um fracasso como pessoa”.
    Crenças instrucionais: “Preciso estar no controle”, “Preciso fazer tudo corretamente”, “Eu sei o que é melhor”, “Detalhes são cruciais”, “As pessoas deveriam agir melhor e tentar com mais vigor”, “Preciso empurrar a mim (e aos outros) o tempo todo”, “As pessoas devem ser criticadas para evitarem erros futuros”. Pensamentos automáticos tingidos de criticismo são freqüentes, como “por que não conseguem fazer a coisa certa?” ou “Por que eu sempre me engano?”
    Ameaças: falhas, erros, desorganização ou imperfeições. Tendem a catastrofizar, que “as coisas escaparam do controle” ou que eles “não serão capazes de fazer as coisas”.
    Estratégias: sistema de regras, padrões e deveres. Avaliam e pontuam o desempenho dos outros, como também o próprio. Para atingir os seus objetivos, tentam exercer o máximo de controle sobre seu próprio comportamento e o de outros envolvidos na consecução de seus objetivos. Eles tentam afirmar o controle sobre o seu próprio comportamento, sendo excessivamente diretivos, desaprovadores ou punitivos. Este comportamento instrumental pode levar a coerção e a escravização.
    Afeto: devido aos seus padrões perfeccionistas, estes indivíduos inclinam-se particularmente a rancores, decepções e castigos, de si próprios e de outros. A resposta afetiva a sua antecipação de um desempenho inferior aos padrões é ansiedade. Quando ocorre um “fracasso” grave, podem ficar deprimidos.

    Transtorno paranóide de personalidade
    A palavra chave é “desconfiança”. É concebível que, sob certas circunstâncias, cautela, procurar motivos ocultos ou não confiar nos outros possa ser adaptativo – mesmo salvar a vida –, mas a personalidade paranóide adota esta postura na maioria ou em todas as situações, mesmo nas mais benignas.
    Visão de si: vêem-se como justas e mal tratadas pelos outros
    Visão dos outros: desonestas, enganadoras, traidoras e encobertamente manipuladoras. Os outros querem interferir em sua vida, rebaixá-las, discrimina-las, tudo de maneira secreta ou oculta, sob uma fachada de inocência. Podem pensar que os outros formam coalizões secretas contra eles.
    Crenças nucleares: “Sou vulnerável a outras pessoas”, “Não se pode confiar nos outros”, “Seus motivos são suspeitos”, “Eles são enganadores”, “Eles querem me depreciar ou prejudicar”.
    Crenças condicionais: “Se eu não tomar cuidado, eles irão me manipular, maltratar ou tirar vantagem de mim”, “Se agem amistosamente, é porque estão tentando me usar”, “Se eles estão distantes, isso prova que são hostis”.
    Crenças instrucionais: “Esteja em guarda”, “Não confie em ninguém”, “Procure motivos ocultos”, “Não se deixe enganar”.
    Ameaças: ser secretamente manipulado, controlado, humilhado ou discriminado.
    Estratégias: são hipervigilantes e sempre alertas. São cautelosos, desconfiados, buscando indícios, todo o tempo, que possa trair os “motivos ocultos” de seus “adversários”.
    Afeto: raiva acerca do presumido abuso. Constante ansiedade quanto às ameaças percebidas.

    Transtorno anti-social de personalidade

    As personalidades anti-sociais podem assumir variadas formas, desde ser conivente, manipular e explorar, até o ataque direto.
    Visão de si: vêem a si mesmas como solitárias, autônomas e fortes. Algumas vêem-se como tendo sido abusadas e maltratadas pela sociedade, justificando com isso a vitimização de outros por acreditarem que elas o foram. Outras podem simplesmente lançar-se no papel de predador, num mundo da “lei-do-cão”, no qual infringir as leis da sociedade é normal e até mesmo desejável.
    Visão dos outros: ou como exploradores e, portanto, merecedores de ser explorados em troca, ou como fracos e vulneráveis, merecendo portanto ser predado.
    Crenças nucleares: “Preciso cuidar de mim”, “Preciso ser o agressor, senão serei eu a vítima”. “Os outros são malandros ou otários”, ou “Os outros são exploradores, por isso tenho o direito de explora-los também” e acredita ter direito de infringir as regras.
    Crenças condicionais: “Se eu não sacanear (manipular, explorar ou atacar) os outros, jamais receberei o que eu mereço”.
    Crenças instrucionais: “Pegue o outro antes que ele te pegue”, “Agora é a sua vez”, “Pegue, você merece”.
    Estratégias: a personalidade manifestamente anti-social, abertamente ataca, rouba, frauda outros. O tipo mais sutil – o malandro – procura enganar os outros e, através de sutis e ardilosas manipulações, explorar e fraudá-los.
    Afeto: raiva quanto aos outros terem as posses que eles merecem.


    Transtorno narcisista de personalidade
    A palavra chave para os narcisistas é “auto-engrandecimento”.
    Visão de si: especiais e únicas. Acreditam-se dotados de uma situação especial que os coloca acima da massa das pessoas comuns, e consideram-se superiores e com direitos a favores e tratamentos especiais; encontram-se acima das regras que governam as outras pessoas.
    Visão dos outros: inferiores, seus vassalos ou subordinados. Buscam admiração dos outros, primariamente para documentar sua própria grandiosidade e preservar sua condição de superioridade.
    Crenças nucleares: "Uma vez que eu sou especial, mereço atenção, privilégios e prerrogativas especiais”, “Sou superior aos outros, e eles deveriam reconhecer isto”, “Estou acima das regras”.
    Crenças condicionais: “Se os outros não reconhecem minha condição especial, devem ser punidos”, “Para manter minha condição superior, devo esperar a subserviência dos outros”.
    Crenças instrucionais: “Tente, por todos os meios, insistir em, ou demonstrar, sua superioridade”
    Estratégias: fazer todo possível para reforçar sua condição superior e expandir seu domínio pessoal. Buscar a glória, riqueza, posição social, poder e prestígio como meios de continuamente reforçar sua imagem superior. Eles tendem a ser altamente competitivos com outros que reclamam um status igualmente elevado, podendo recorrer a estratégias manipuladoras para atingir seus fins. Eles vêem a si mesmos como parte da sociedade, mas no estrato mais elevado. Uma vez que estão acima das regras que governam a humanidade comum, “vale tudo”.
    Afeto: raiva, quando outras pessoas não lhe conferem admiração ou o respeito que acreditam merecer, ou os decepcionam de alguma outra forma. Inclinam-se a ficar deprimidos, podem, se suas estratégias são frustradas.


    Transtorno histriônico de personalidade

    A palavra chave para a personalidade histriônica é “expressividade”, que incorpora a tendência a emocionalizar ou romancear todas as situações e tentar impressionar e cativar os outros.
    Visão de si: encantadores, impressionantes e merecedores de atenção.
    Visão dos outros: vêem os outros de maneira favorável, enquanto conseguem provocar sua atenção, divertimento e afeto. Eles tentam formar fortes alianças, contanto que sejam o centro do grupo e que os outros desempenham o papel de uma platéia atenta. A sua auto-estima depende de receberem contínuas expressões de apreço.
    Crenças nucleares: “Não sou basicamente atraente”, “Preciso ser admirada para ser feliz”. Entre as crenças compensatórias, estão: “Sou muito amável, divertida e interessante”, “Eles não tem o direito de negar os meus justos méritos”.
    Crenças condicionais: “Não sou nada, a menos que eu cative as pessoas”, “Se não conseguir entreter as pessoas, elas me abandonarão”, “Se as pessoas não respondem, elas não prestam”, “Se não conseguir cativar as pessoas, fico indefesa”. Elas tendem a ser globais e impressionistas em seu pensamento.
    Crenças instrucionais: “Posso seguir meus sentimentos”. Os histriônicos que sentem raiva, podem usá-la como razão suficiente para punir alguém. Se sentem afeição, consideram isso uma justificativa para despejar seu afeto (mesmo que possam mudar para outro tipo de expressão minutos após). Se sentem tristeza, é razão suficiente para chorar. Eles tendem a dramatizar os seus modos de comunicar o senso de frustração ou desespero. “Expresse seus sentimentos”, “Seja divertido”, “Mostre as pessoas que elas o magoaram”.
    Estratégias: usam a dramaticidade e a demonstração para prender as pessoas. Quando não conseguem as coisas ao seu modo, acreditam estar sendo tratados injustamente, e tentam coagir à submissão ou ajustar as contas como explosões temperamentais. Sua tolerância à frustração é baixa, podendo recorrer ao pranto, comportamento agressivo e gestos suicidas para punir o ofensor.
    Afeto: o afeto predominante é a alegria, muitas vezes misturada com hilaridade e outros tipos de humor elevado, quando têm sucesso em envolver outras pessoas. Elas geralmente experimentam uma ansiedade subjacente, que reflete seu modo de rejeição. Quando contrariadas, seu afeto pode rapidamente transformar-se em raiva ou tristeza.


    Transtorno esquizóide de personalidade
    A palavra-chave no transtorno esquizóide é “isolamento”. Os indivíduos esquizóides são a corporificação da personalidade autônoma. Eles dispõe-se a sacrificar a intimidade para preservar seu desinteresse e autonomia.
    Visão de si: auto-suficientes e solitários. Valorizam a mobilidade, independência e empreendimentos solitários. Preferem tomar decisões por conta própria e realizar atividades solitárias, a envolver-se num grupo.
    Visão dos outros: vêem os outros como intrusivos, e a intimidade como abrindo a oportunidade para que outras pessoas se intrometam em suas vidas.
    Crenças nucleares: “Sou basicamente solitário”, “Relacionamentos íntimos com outras pessoa são confusos e não-gratificantes”, “Posso fazer melhor as coisas se não sou atrapalhado pelos outros”, “Relacionamentos íntimos são indesejáveis porque interferem em minha liberdade de ação”.
    Crenças condicionais: “Se eu me aproximar demais de outras pessoas, elas colocarão suas garras em mim”, “não posso ser feliz ao menos que tenha completa mobilidade”.
    Crenças instrucionais: “Não chegue muito perto”, “Mantenha distância”, “Não se envolva”.
    Estratégias: manter distância das outras pessoas. Podem juntar-se a outros por razões específicas, como atividades profissionais ou sexo, mas, de outro modo, se distanciam. São prontamente ameaçadas por quaisquer ações que representem envolvimento.
    Afeto: enquanto mantém distância, experimentam um baixo nível de tristeza. Quando forçados a um encontro íntimo, podem ficar muito ansiosos. Não se inclinam a mostrar seus sentimentos, seja verbalmente ou através de expressões faciais, consequentemente transmitindo a impressão de não terem sentimentos intensos.

    referência bibliográfica:

    BECK & FREEMAN, A & A. Terapia Cognitiva dos transtornos de personalidade. Porto Alegre: Artmed, 1993. (Capítulo 3: pág 31 a 43)

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