Perfis Cognitivos - Terapia Cognitiva dos transtornos de personalidade

Na medida em que um padrão de personalidade é visto como disfuncional, o diagnóstico de transtorno de personalidade justifica-se, quando o padrão leva a: (1) problemas que produzem sofrimento no paciente, o (2) dificuldades com outras pessoas ou com a sociedade.
Os indivíduos geralmente vêem seus padrões de personalidade como indesejáveis somente quando acarretam sintomas (por exemplo, depressão ou ansiedade), ou quando parecem interferir em importantes aspirações sociais ou profissionais (como no caso das personalidades dependente, evitativa, ou passivo-agressiva).
Outras pessoas com transtornos de personalidade podem ver seus próprios padrões como perfeitamente normais e satisfatórios, mas recebem um diagnóstico porque seu comportamento é visto negativamente pelas outras pessoas, como no caso das personalidades narcisistas, esquizóide ou anti-social.
Cada transtorno caracteriza-se não só por um comportamento disfuncional ou associal, mas por uma composição de crenças e atitudes, afetos e estratégias. É possível oferecer um perfil distintivo de cada um destes transtornos com base em suas características cognitivas, afetivas e comportamentais típicas. Embora esta tipologia seja apresentada em sua forma pura, cabe lembrar que indivíduos específicos podem apresentar características de mais de um tipo de personalidade.
Os indivíduos com transtornos de personalidade tendem a apresentar padrões de comportamento hipertrofiados ou hiperdesenvolvidos, ao passo que outros padrões são subdesenvolvidos.
É como se quando uma estratégia interpessoal estivesse hiperdesenvolvida, a estratégia que a equilibra deixasse de desenvolver-se adequadamente. Pode-se especular que, quando uma criança fica excessivamente interessada em um tipo de comportamento predominante, ela obscurece e talvez enfraqueça o desenvolvimento de outros comportamentos adaptativos.
É útil analisar as características psicológicas dos indivíduos com transtornos de personalidade em termos da visão que tem de si mesmos e dos outros, suas crenças e estratégias básicas e seus afetos principais. Deste modo, os terapeutas podem obter perfis cognitivo-comportamentais-emocionais específicos, que os ajudem a compreender cada transtorno e facilitem o tratamento.


Transtorno Evitativo de Personalidade
Conflito-chave: elas gostariam de aproximar-se das outras pessoas e de conseguir desenvolver todo o seu potencial intelectual e vocacional, mas temem ser magoadas, rejeitadas ou fracassar.
Visão de si: elas vêem a si mesmas como socialmente incapazes e incompetentes em situações acadêmicas ou de trabalho.
Visão dos outros: potencialmente críticos, desinteressados e depreciadores.
Crenças nucleares: “Eu não presto... não valho nada... sou indigno de ser amado. Não consigo tolerar sentimentos desagradáveis”.
Crenças condicionais: “Se as pessoas se aproximassem de mim, descobririam meu ‘verdadeiro eu’ e me rejeitariam – e isso seria intolerável” ou “Se eu empreender algo novo e fracassar, ficarei arrasado”.
Crenças instrucionais (auto-instrutivas): “É melhor manter-se afastado de um envolvimento arriscado”, “Devo evitar situações desprazerosas a todo custo”, “Se eu pensar ou sentir algo desprazeroso, devo tentar apaga-lo distraindo-me ou preparando algo” (bebida, drogas, etc.).
Ameaças: ser descoberto em uma fraude, ser rebaixado, humilhado ou rejeitado.
Estratégias: evitar situações nas quais poderiam ser avaliados; retrair-se às margens dos grupos sociais e evitar atrair a atenção; evitar novas responsabilidades ou a busca de promoções no trabalho.
Afeto: disforia (combinação de ansiedade e tristeza) relacionada a seus déficits na obtenção dos prazeres que gostaria de receber de relacionamentos íntimos e do senso de domínio advindo da realização. Eles experimentam ansiedade relacionada a expor-se em situações sociais ou de trabalho. A sua baixa tolerância a disforia evita o desenvolvimento de métodos de superação de sua timidez. São introspectivos e monitoram seus sentimentos continuamente, são agudamente sensíveis aos próprios sentimentos de tristeza e ansiedade, mas evitam identificar pensamentos desagradáveis, uma tendência que se ajusta à sua estratégia principal, denominada “evitação cognitiva”.
A baixa tolerância a sentimentos desagradáveis e a sensibilidade à rejeição perpassam todas as suas ações. A pessoa evitativa simplesmente reduz a suas expectativas e permanece afastada de qualquer envolvimento que implique risco de fracasso ou rejeição.


Transtorno dependente de personalidade
Conflito-chave: vêem a si mesmos como indefesos e, portanto, tentam vincular-se a alguma figura mais forte, que lhes ofereça os recursos para a sua sobrevivência e felicidade.
Visão de si: carentes, fracos, indefesos e incompetente.
Visão dos outros: vêem os “cuidadores” fortes de maneira idealizada: como provedores, apoiadores e competentes. Pode ter um funcionamento social muito bom enquanto a figura forte estiver acessível.
Crenças nucleares: “Eu sou completamente indefeso”, “Eu estou completamente só”.
Crenças condicionais: “Só consigo funcionar se tiver acesso a alguém competente”, “Se for abandonado, eu morro”, “Se não for amado, serei sempre infeliz”.
Crenças instrucionais: “Não ofenda o provedor”, “Fique perto”, “Cultive um relacionamento o mais íntimo possível”, “Seja subserviente para mantê-lo próximo”.
Ameaças: rejeição ou abandono.
Estratégias: cultivar um relacionamento dependente, frequentemente mediante a subordinação a uma figura “forte”.
Afeto: ansiedade com relação a uma possível ruptura do relacionamento dependente. Elevada ansiedade quando percebem tensão no relacionamento e, com o afastamento da figura de dependência, pode cair em depressão. Experimentam gratificação ou euforia quando seus desejos de dependência são contemplados.

Transtorno passivo-agressivo de personalidade
Conflito-chave: coflito entre seu desejo de obter os benefícios conferidos pelas autoridades e seu desejo de manter a autonomia. Procuram manter o relacionamento permanecendo passivos e submissos, mas a medida que sentem a perda da autonomia, subvertem as autoridades.
Visão de si: auto-suficientes, porém vulneráveis à intromissão de outros. São atraídos por figuras e organizações fortes, porque anseiam por aprovação e apoio social. Portanto, estão frequentemente em conflito entre o desejo de vinculação e o medo da intromissão.
Visão dos outros: intrusivos, exigentes, intrometidos, controladores e dominadores, mas ao mesmo tempo, aprovadores, compacentes e provedores.
Crenças nucleares: “Ser controlado por outro é intolerável”, “Tenho que fazer as coisas ao meu modo”, “Eu mereço aprovação por tudo o que fiz”. Seus conflitos se expressam em crenças tais como “Preciso ser cuidado e apoiado pela autoridade” versus “Preciso proteger minha identidade”.
Crenças condicionais: “Se eu seguir as regras, perderei minha liberdade de ação”.
Crenças instrucionais: “giram em torno do adiantamento da aça esperada pela autoridade, ou obedecer superficialmente.
Ameaças:Iperda de aprovação e privação da autonomia.
Estratégias: fortificar sua autonomia mediante uma tortuosa oposição às figuras de autoridade, ao mesmo tempo que ostensivamente cortejam os favores das autoridades. Tentam escapar ou contornar as regras num espírito de velado desafio. São muitas vezes subversivos, no sentido de que não realizam as tarefas a tempo, não comparecem às aulas, em última análise, um comportamento autodestrutivo. Podem mostrar-se obedientes e cultivar a boa vontade das autoridades. Muitas vezes tem um forte traço passivo. Tendem a seguir a linha da menor resistência, evitando situações competitivas, e interessam-se mais por empreendimentos solidários.
Afeto: raiva não expressada, associada à rebelião contra a as regras de uma autoridade, que alterna com a ansiedade, quando antecipam reprimendas e são ameaçados com o “corte de suprimentos”.

Transtorno obsessivo-compulsivo de personalidade
Conflito-chave: controle e dever, “ordem é bondade”.
Visão de si: eles se vêem como responsáveis por si mesmos e pelos outros. Acreditam depender deles que as coisas sejam feitas. São responsáveis perante sua própria consciência perfeccionista. São conduzidos pelos “deve”. Muitos deles tem uma imagem nuclear como incapazes ou indefesas. Sua ênfase excessiva em sistemas representa uma compensação para a sua percepção de defeituosidade e impotência.
Visão dos outros: demasiadamente descuidados, muitas vezes irresponsáveis, auto-indulgentes ou incompetentes. Eles aplicam os “deve” aos outros com liberdade.
Crenças nucleares: “Eu poderia ser esmagado”, “Eu sou basicamente desorganizado ou desorientado”, “Preciso de ordem, de sistemas e regras para sobreviver”.
Crenças condicionais: “Se eu não tiver sistema, tudo virá a baixo”, “Qualquer falha ou defeito no desempenho causará uma avalanche”, “Se eu ou os outros não desempenhar-mos de acordo com os mais altos padrões, fracassaremos”, “Se eu falhar nisso, serei um fracasso como pessoa”.
Crenças instrucionais: “Preciso estar no controle”, “Preciso fazer tudo corretamente”, “Eu sei o que é melhor”, “Detalhes são cruciais”, “As pessoas deveriam agir melhor e tentar com mais vigor”, “Preciso empurrar a mim (e aos outros) o tempo todo”, “As pessoas devem ser criticadas para evitarem erros futuros”. Pensamentos automáticos tingidos de criticismo são freqüentes, como “por que não conseguem fazer a coisa certa?” ou “Por que eu sempre me engano?”
Ameaças: falhas, erros, desorganização ou imperfeições. Tendem a catastrofizar, que “as coisas escaparam do controle” ou que eles “não serão capazes de fazer as coisas”.
Estratégias: sistema de regras, padrões e deveres. Avaliam e pontuam o desempenho dos outros, como também o próprio. Para atingir os seus objetivos, tentam exercer o máximo de controle sobre seu próprio comportamento e o de outros envolvidos na consecução de seus objetivos. Eles tentam afirmar o controle sobre o seu próprio comportamento, sendo excessivamente diretivos, desaprovadores ou punitivos. Este comportamento instrumental pode levar a coerção e a escravização.
Afeto: devido aos seus padrões perfeccionistas, estes indivíduos inclinam-se particularmente a rancores, decepções e castigos, de si próprios e de outros. A resposta afetiva a sua antecipação de um desempenho inferior aos padrões é ansiedade. Quando ocorre um “fracasso” grave, podem ficar deprimidos.

Transtorno paranóide de personalidade
A palavra chave é “desconfiança”. É concebível que, sob certas circunstâncias, cautela, procurar motivos ocultos ou não confiar nos outros possa ser adaptativo – mesmo salvar a vida –, mas a personalidade paranóide adota esta postura na maioria ou em todas as situações, mesmo nas mais benignas.
Visão de si: vêem-se como justas e mal tratadas pelos outros
Visão dos outros: desonestas, enganadoras, traidoras e encobertamente manipuladoras. Os outros querem interferir em sua vida, rebaixá-las, discrimina-las, tudo de maneira secreta ou oculta, sob uma fachada de inocência. Podem pensar que os outros formam coalizões secretas contra eles.
Crenças nucleares: “Sou vulnerável a outras pessoas”, “Não se pode confiar nos outros”, “Seus motivos são suspeitos”, “Eles são enganadores”, “Eles querem me depreciar ou prejudicar”.
Crenças condicionais: “Se eu não tomar cuidado, eles irão me manipular, maltratar ou tirar vantagem de mim”, “Se agem amistosamente, é porque estão tentando me usar”, “Se eles estão distantes, isso prova que são hostis”.
Crenças instrucionais: “Esteja em guarda”, “Não confie em ninguém”, “Procure motivos ocultos”, “Não se deixe enganar”.
Ameaças: ser secretamente manipulado, controlado, humilhado ou discriminado.
Estratégias: são hipervigilantes e sempre alertas. São cautelosos, desconfiados, buscando indícios, todo o tempo, que possa trair os “motivos ocultos” de seus “adversários”.
Afeto: raiva acerca do presumido abuso. Constante ansiedade quanto às ameaças percebidas.

Transtorno anti-social de personalidade

As personalidades anti-sociais podem assumir variadas formas, desde ser conivente, manipular e explorar, até o ataque direto.
Visão de si: vêem a si mesmas como solitárias, autônomas e fortes. Algumas vêem-se como tendo sido abusadas e maltratadas pela sociedade, justificando com isso a vitimização de outros por acreditarem que elas o foram. Outras podem simplesmente lançar-se no papel de predador, num mundo da “lei-do-cão”, no qual infringir as leis da sociedade é normal e até mesmo desejável.
Visão dos outros: ou como exploradores e, portanto, merecedores de ser explorados em troca, ou como fracos e vulneráveis, merecendo portanto ser predado.
Crenças nucleares: “Preciso cuidar de mim”, “Preciso ser o agressor, senão serei eu a vítima”. “Os outros são malandros ou otários”, ou “Os outros são exploradores, por isso tenho o direito de explora-los também” e acredita ter direito de infringir as regras.
Crenças condicionais: “Se eu não sacanear (manipular, explorar ou atacar) os outros, jamais receberei o que eu mereço”.
Crenças instrucionais: “Pegue o outro antes que ele te pegue”, “Agora é a sua vez”, “Pegue, você merece”.
Estratégias: a personalidade manifestamente anti-social, abertamente ataca, rouba, frauda outros. O tipo mais sutil – o malandro – procura enganar os outros e, através de sutis e ardilosas manipulações, explorar e fraudá-los.
Afeto: raiva quanto aos outros terem as posses que eles merecem.


Transtorno narcisista de personalidade
A palavra chave para os narcisistas é “auto-engrandecimento”.
Visão de si: especiais e únicas. Acreditam-se dotados de uma situação especial que os coloca acima da massa das pessoas comuns, e consideram-se superiores e com direitos a favores e tratamentos especiais; encontram-se acima das regras que governam as outras pessoas.
Visão dos outros: inferiores, seus vassalos ou subordinados. Buscam admiração dos outros, primariamente para documentar sua própria grandiosidade e preservar sua condição de superioridade.
Crenças nucleares: "Uma vez que eu sou especial, mereço atenção, privilégios e prerrogativas especiais”, “Sou superior aos outros, e eles deveriam reconhecer isto”, “Estou acima das regras”.
Crenças condicionais: “Se os outros não reconhecem minha condição especial, devem ser punidos”, “Para manter minha condição superior, devo esperar a subserviência dos outros”.
Crenças instrucionais: “Tente, por todos os meios, insistir em, ou demonstrar, sua superioridade”
Estratégias: fazer todo possível para reforçar sua condição superior e expandir seu domínio pessoal. Buscar a glória, riqueza, posição social, poder e prestígio como meios de continuamente reforçar sua imagem superior. Eles tendem a ser altamente competitivos com outros que reclamam um status igualmente elevado, podendo recorrer a estratégias manipuladoras para atingir seus fins. Eles vêem a si mesmos como parte da sociedade, mas no estrato mais elevado. Uma vez que estão acima das regras que governam a humanidade comum, “vale tudo”.
Afeto: raiva, quando outras pessoas não lhe conferem admiração ou o respeito que acreditam merecer, ou os decepcionam de alguma outra forma. Inclinam-se a ficar deprimidos, podem, se suas estratégias são frustradas.


Transtorno histriônico de personalidade

A palavra chave para a personalidade histriônica é “expressividade”, que incorpora a tendência a emocionalizar ou romancear todas as situações e tentar impressionar e cativar os outros.
Visão de si: encantadores, impressionantes e merecedores de atenção.
Visão dos outros: vêem os outros de maneira favorável, enquanto conseguem provocar sua atenção, divertimento e afeto. Eles tentam formar fortes alianças, contanto que sejam o centro do grupo e que os outros desempenham o papel de uma platéia atenta. A sua auto-estima depende de receberem contínuas expressões de apreço.
Crenças nucleares: “Não sou basicamente atraente”, “Preciso ser admirada para ser feliz”. Entre as crenças compensatórias, estão: “Sou muito amável, divertida e interessante”, “Eles não tem o direito de negar os meus justos méritos”.
Crenças condicionais: “Não sou nada, a menos que eu cative as pessoas”, “Se não conseguir entreter as pessoas, elas me abandonarão”, “Se as pessoas não respondem, elas não prestam”, “Se não conseguir cativar as pessoas, fico indefesa”. Elas tendem a ser globais e impressionistas em seu pensamento.
Crenças instrucionais: “Posso seguir meus sentimentos”. Os histriônicos que sentem raiva, podem usá-la como razão suficiente para punir alguém. Se sentem afeição, consideram isso uma justificativa para despejar seu afeto (mesmo que possam mudar para outro tipo de expressão minutos após). Se sentem tristeza, é razão suficiente para chorar. Eles tendem a dramatizar os seus modos de comunicar o senso de frustração ou desespero. “Expresse seus sentimentos”, “Seja divertido”, “Mostre as pessoas que elas o magoaram”.
Estratégias: usam a dramaticidade e a demonstração para prender as pessoas. Quando não conseguem as coisas ao seu modo, acreditam estar sendo tratados injustamente, e tentam coagir à submissão ou ajustar as contas como explosões temperamentais. Sua tolerância à frustração é baixa, podendo recorrer ao pranto, comportamento agressivo e gestos suicidas para punir o ofensor.
Afeto: o afeto predominante é a alegria, muitas vezes misturada com hilaridade e outros tipos de humor elevado, quando têm sucesso em envolver outras pessoas. Elas geralmente experimentam uma ansiedade subjacente, que reflete seu modo de rejeição. Quando contrariadas, seu afeto pode rapidamente transformar-se em raiva ou tristeza.


Transtorno esquizóide de personalidade
A palavra-chave no transtorno esquizóide é “isolamento”. Os indivíduos esquizóides são a corporificação da personalidade autônoma. Eles dispõe-se a sacrificar a intimidade para preservar seu desinteresse e autonomia.
Visão de si: auto-suficientes e solitários. Valorizam a mobilidade, independência e empreendimentos solitários. Preferem tomar decisões por conta própria e realizar atividades solitárias, a envolver-se num grupo.
Visão dos outros: vêem os outros como intrusivos, e a intimidade como abrindo a oportunidade para que outras pessoas se intrometam em suas vidas.
Crenças nucleares: “Sou basicamente solitário”, “Relacionamentos íntimos com outras pessoa são confusos e não-gratificantes”, “Posso fazer melhor as coisas se não sou atrapalhado pelos outros”, “Relacionamentos íntimos são indesejáveis porque interferem em minha liberdade de ação”.
Crenças condicionais: “Se eu me aproximar demais de outras pessoas, elas colocarão suas garras em mim”, “não posso ser feliz ao menos que tenha completa mobilidade”.
Crenças instrucionais: “Não chegue muito perto”, “Mantenha distância”, “Não se envolva”.
Estratégias: manter distância das outras pessoas. Podem juntar-se a outros por razões específicas, como atividades profissionais ou sexo, mas, de outro modo, se distanciam. São prontamente ameaçadas por quaisquer ações que representem envolvimento.
Afeto: enquanto mantém distância, experimentam um baixo nível de tristeza. Quando forçados a um encontro íntimo, podem ficar muito ansiosos. Não se inclinam a mostrar seus sentimentos, seja verbalmente ou através de expressões faciais, consequentemente transmitindo a impressão de não terem sentimentos intensos.

referência bibliográfica:

BECK & FREEMAN, A & A. Terapia Cognitiva dos transtornos de personalidade. Porto Alegre: Artmed, 1993. (Capítulo 3: pág 31 a 43)

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